Barack Obama: "peço ao governo de transição que detenha aqueles que estão cometendo crimes", disse (REUTERS/Kevin Lamarque)
Da Redação
Publicado em 10 de dezembro de 2013 às 09h55.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu nesta segunda-feira o fim da violência na República Centro-Africana e disse que seu país apoiará os esforços da França para proteger os civis, em mensagem de rádio dirigida aos cidadãos dessa nação.
"Respeitados líderes" das comunidades muçulmana e cristã "estão pedindo calma e a paz. Peço ao governo de transição que se junte a essas vozes e detenha aqueles que estão cometendo crimes", disse Obama em sua mensagem.
"Vocês, os orgulhosos cidadãos da República Centro-Africana, têm o poder de escolher um caminho diferente" da "violência terrível dos últimos dias", acrescentou Obama, que gravou a mensagem em Dacar (Senegal) durante uma parada em sua viagem a Johanesburgo para participar do funeral do ex-presidente sul-africano Nelson Mandela.
Segundo Obama, "todos os cidadãos da República Centro-Africana podem demonstrar a coragem necessária nestes momentos" e "demonstrar seu amor por seu país ao rejeitar a violência".
Os militares franceses começaram nesta segunda-feira as operações de desarmamento forçado dos antigos rebeldes do grupo Séléka e de outras milícias que atacaram a população civil desde a última quinta-feira em Bangui, capital da República Centro-Africana.
O secretário de Defesa dos EUA, Chuck Hagel, aprovou o envio de transporte aéreo de Burundi até a República Centro-Africana para ajudar os militares franceses.
Desde a última quinta-feira, o mesmo dia em que o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou por unanimidade uma resolução de intervenção internacional na República Centro-Africana, os enfrentamentos entre diferentes milícias causaram 400 mortes no país, segundo dados da Cruz Vermelha.
A crise começou no dia 24 de março deste ano, quando Bangui foi tomada pelos rebeldes da Séléka, que assumiram o poder do país e derrubaram o presidente François Bozizé, que se exilou.