Mundo

Obama pede dinheiro para saldar dívida de Hillary Clinton

A rival de Obama nas primárias de 2008 conta ainda com US$ 245 mil em dívida no comitê que organizou sua fracassada campanha presidencial

Hillary está proibida de manter atividades políticas ou arrecadar fundos para si própria, por isso a campanha de Obama decidiu estender-lhe a mão (Jonathan Ernst/Reuters)

Hillary está proibida de manter atividades políticas ou arrecadar fundos para si própria, por isso a campanha de Obama decidiu estender-lhe a mão (Jonathan Ernst/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de abril de 2012 às 21h53.

Washington - A campanha para a reeleição do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, solicitou a seus maiores doadores que contribuam para saldar a dívida, ainda considerável, do comitê que coordenou em 2008 as aspirações presidenciais de Hillary Clinton, que foi rival do atual líder nas primárias democratas.

A rival de Obama nas primárias de 2008 conta ainda com US$ 245 mil em dívida no comitê que organizou sua fracassada campanha presidencial, segundo a Comissão Federal de Eleições (FEC).

No entanto, na qualidade de secretária de Estado, Hillary está proibida de manter atividades políticas ou arrecadar fundos para si própria, por isso a campanha de Obama decidiu estender-lhe a mão.

Segundo o jornal ''New York Times'', que cita fontes ligadas à campanha, a decisão foi influenciada pelo marido de Hillary, o ex-presidente Bill Clinton, que concordou em protagonizar uma série de atos de arrecadação de fundos em favor de Obama para as eleições do próximo mês de novembro.

Nos últimos dias, o diretor financeiro da campanha de Obama, Matthew Barzun, e a presidente de finanças do Comitê Democrata Nacional (DNC), Jane W. Stetson, pediram aos doadores do presidente cheques no valor de US$ 2,3 mil, a máxima contribuição permitida em 2008, para acabar com a dívida de Hillary.

''Estamos ajudando a retirar a dívida restante da campanha de Clinton em 2008'', escreveu Barzun em comunicado citado pelo ''NYT''.

''Todos nossos aliados democratas estão trabalhando juntos para reeleger o presidente Obama'', acrescentou.

Quando Hillary Clinton decidiu pôr fim às suas aspirações presidenciais em 2008 tinha US$ 20 milhões em dívidas e empréstimos.

Na época, Obama pediu expressamente a seus doadores que ajudassem a abatê-la, mas muitos deles, queimados ainda após a longa e intensa batalha das primárias, se negaram a fazê-lo.

Confiando que essas tensões tenham se suavizado nos últimos quatro anos, o DNC contatou membros do Comitê Nacional de Finanças democrata, formado por 400 pessoas comprometidas a arrecadar, cada uma, US$ 350 mil para a campanha de Obama, a fim de que financiem também a de sua antiga rival. 

Acompanhe tudo sobre:Barack ObamaEleições americanasEstados Unidos (EUA)Hillary ClintonPaíses ricosPersonalidadesPolíticos

Mais de Mundo

Declaração final do G20 defende taxação de super-ricos e pede paz em Gaza e na Ucrânia

Governo Milei vira destaque no G20 ao questionar declaração final e fechar acordo sobre gás

Biden se atrasa e fica de fora da foto de família do G20

'Não é preciso esperar nova guerra mundial para mudar ordem internacional', diz Lula no G20