Obama: "A evolução da zika não é uma coisa pela qual se deva entrar em pânico, mas sim considerar seriamente" (Kevin Lamarque / Reuters)
Da Redação
Publicado em 20 de maio de 2016 às 15h42.
Washington O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu nesta sexta-feira ao Congresso para aprovar uma lei com fundos "suficientes" para combater a zika, ao ressaltar que seu pedido de US$ 1,9 bilhão se baseia em avaliações de especialistas em saúde sobre os recursos necessários para a resposta ao vírus.
Obama recebeu no Salão Oval as principais autoridades de saúde do país para analisar os esforços governamentais contra o vírus.
"A evolução da zika não é uma coisa pela qual se deva entrar em pânico, mas sim considerar seriamente... Temos que começar a nos mexer", disse o presidente em breves declarações aos jornalistas ao término da reunião.
"O Congresso tem que me dar uma lei que contenha fundos suficientes", ressaltou Obama, ao pedir aos legisladores que atuem antes do próximo recesso legislativo, que começará no final da próxima semana.
O Senado aprovou nesta quinta-feira um projeto de lei que destinaria US$ 1,1 bilhão à luta contra o vírus e a Casa Branca se mostrou disposta a aceitar essa quantidade, embora seja inferior ao US$ 1,9 bilhão solicitado por Obama.
Dois dias antes, a Câmara dos Representantes (Deputados) aprovou outro projeto legislativo que atribui US$ 622,1 milhões à luta contra a zika, dos quais US$ 352,1 milhões são fundos destinados originalmente ao surto do ebola de 2014 e US$ 270 milhões são recursos que sobraram do Departamento de Saúde.
A Casa Branca antecipou que Obama vetaria a proposta dos deputados se ela for pra frente, porque a considera insuficiente.
Segundo afirmou hoje o presidente, o projeto da Câmara Baixa não contém fundos "novos", portanto é "como descobrir um santo para cobrir outro".
O trabalho que o governo está realizando para combater a propagação do vírus e desenvolver uma vacina e melhores testes de diagnóstico "custa dinheiro", enfatizou o presidente ao detalhar que seu pedido de US$ 1,900 bilhão "se baseia em avaliações de saúde pública".
Participaram da reunião no Salão Oval a secretária de Saúde, Sylvia Burwell, os diretores dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) e dos Institutos Nacionais de Saúde, Thomas Frieden e Anthony Fauci, respectivamente, e o vice-presidente, Joseph Biden.