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Obama pede a Trump que não derrube acordo nuclear com o Irã

Em entrevista, Trump voltou a mostrar sua rejeição ao acordo: "não estou feliz com o acordo com o Irã, acho que é um dos piores acordos já feitos"

Obama: a América deve lembrar que este acordo é o resultado de anos de trabalho, e representa um acordo entre as grandes potências do mundo - não apenas os Estados Unidos e o Irã" (Kevin Lamarque/Reuters)

Obama: a América deve lembrar que este acordo é o resultado de anos de trabalho, e representa um acordo entre as grandes potências do mundo - não apenas os Estados Unidos e o Irã" (Kevin Lamarque/Reuters)

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AFP

Publicado em 16 de janeiro de 2017 às 16h42.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ressaltou nesta segunda-feira os "resultados significativos e concretos" do acordo nuclear com o Irã, que completa um ano, e pediu ao novo governo de Donald Trump para não desfazer o pacto apoiado pelas principais potências do mundo.

Em um comunicado claramente dirigido ao republicano Trump, que toma posse na sexta-feira, Obama diz que "a América deve lembrar que este acordo é o resultado de anos de trabalho, e representa um acordo entre as grandes potências do mundo - não apenas os Estados Unidos e o Irã".

Ele acrescentou que "uma solução diplomática que impede o Irã de obter uma arma nuclear é preferível a um programa nuclear iraniano sem restrições ou uma nova guerra no Oriente Médio".

Trump já expressou diversas vezes a sua rejeição ao acordo nuclear, e, em uma entrevista no domingo ao The Times britânico e ao jornal Bild alemão, voltou a afirmar: "não estou feliz com o acordo com o Irã, acho que é um dos piores acordos já feitos".

No entanto, o presidente eleito se recusou a dizer se pretendia "renegociar" o pacto, como afirmou durante sua campanha presidencial.

A Casa Branca insistiu nesta segunda-feira que apesar das reservas americanas sobre outras ações do - incluindo o apoio a líderes "violentos" e "grupos terroristas" - o Irã tem cumprindo seus compromissos nucleares.

O Irã diz que "reduziu o seu estoque de urânio em 98% e retirou dois terços das suas centrífugas."

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