Presidente dos EUA Barack Obama: "respeito o direito de posse de armas" (REUTERS/Gary Cameron)
Da Redação
Publicado em 8 de janeiro de 2016 às 05h33.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, negou nesta quinta-feira que as medidas executivas propostas na terça para controlar a venda de armas vise restringir o direito dos cidadãos de se armar.
"O que tenho dito consistentemente ao longo da minha presidência é que respeito a Segunda Emenda (da Constituição). Respeito o direito de posse de armas. Respeito as pessoas que querem uma arma para sua proteção pessoal, caça ou esporte", disse Obama em um programa sobre o tema organizado pela rede CNN.
"Mas todos devem concordar que há sentido em fazer o possível para manter as armas fora do alcance de pessoas que querem provocar danos aos outros e a si mesmos", declarou o presidente no programa transmitido "ao vivo" da universidade George Mason, em Fairfax (Virgínia).
Ao lado de vítimas e familiares de pessoas mortas em tiroteios, mas também diante de representantes do comércio de armas, Obama defendeu suas medidas de "bom senso" para aumentar o controle sob a venda de armas.
"Não vamos eliminar a violência com armas, mas podemos reduzi-la", assinalou o presidente, lembrando que 30 mil pessoas morrem anualmente no país por causa das armas, incluindo 3 mil suicidas.
O pacote de medidas do governo determina a verificação de antecedentes criminais na compra de armamento através de grupos, sociedades ou organizações locais, e inclui o aumento substancial do pessoal especializado que ficará encarregado de checar os antecedentes.
Também determina a checagem de antecedentes criminais de vendedores de armas de fogo - um requisito para obter uma licença - não só para aqueles que operam em um espaço físico, mas também para os que o fazem pela internet ou nas feiras de armamentos montadas em centros comerciais.
O governo propõe ainda aumentar a ajuda a pessoas que sofrem de transtornos mentais graves e incentivar o desenvolvimento de tecnologias para aumentar a segurança das armas de fogo.
O poderoso grupo de pressão americano das armas, o National Rifle Association (NRA), negou-se a participar do programa organizado pela CNN.