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Obama nega envolvimento dos EUA em protestos de Hong Kong

O presidente americano disse que "o povo de Hong Kong e da China tem o direito de decidir" sobre seus governantes

Obama: seu país "sempre vai defender o direito das pessoas se expressarem", disse (REUTERS/Kevin Lamarque)

Obama: seu país "sempre vai defender o direito das pessoas se expressarem", disse (REUTERS/Kevin Lamarque)

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Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2014 às 05h49.

Pequim - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, negou nesta quarta-feira que seu país tenha promovido os protestos pró-democracia de Hong Kong, que foram atribuídos com frequência pela imprensa oficial chinesa a interferências estrangeiras, mais especificamente americanas.

"Os Estados Unidos não tiveram envolvimento na promoção dos protestos que estão acontecendo lá (em Hong Kong)", disse Obama em resposta a uma pergunta durante uma entrevista coletiva conjunta com o presidente da China, Xi Jinping, após dois dias de reuniões em Pequim.

Além disso, Obama lembrou que, de acordo com o ponto de vista dos Estados Unidos, "o povo de Hong Kong e da China tem o direito de decidir" sobre seus governantes.

Trata-se, disse, de uma "parte sagrada da política americana", e seu país "sempre vai defender o direito das pessoas se expressarem". Também afirmou que espera que as eleições de Hong Kong, quando ocorrerem, sejam "justas, transparentes e reflitam as opiniões do povo".

Os protestos de Hong Kong vêm acontecendo há quase dois meses e os manifestantes querem que a escolha do próximo titular do governo local, em 2017, seja totalmente democrática, já que Pequim prevê que haverá o voto universal, mas com a disputa envolvendo apenas dois ou três candidatos selecionados pelo governo chinês através de um comitê consultivo.

Xi, por sua vez, reiterou que o protesto de Hong Kong é "um movimento ilegal" e reforçou seu apoio ao governo local do território pela forma como vem conduzindo essa situação e por manter a estabilidade.

Xi reafirmou a posição de seu governo de que Hong Kong é parte da China, por isso "ninguém deve intervir nesses assuntos", que Pequim considera de competência exclusivamente interna.

"A lei e a ordem devem ser mantidas em todos os lugares, não apenas em Hong Kong", frisou. EFE

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