Mundo

Obama mostra ceticismo sobre promessas da Rússia

Ministros das Relações Exteriores da Ucrânia, dos EUA, da União Europeia e da Rússia alcançaram acordo sobre medidas imediatas para aliviar a crise na Ucrânia


	Barack Obama, presidente americano: "A minha esperança é que veremos ações concretas na sequência"
 (Mandel Ngan/AFP)

Barack Obama, presidente americano: "A minha esperança é que veremos ações concretas na sequência" (Mandel Ngan/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de abril de 2014 às 18h38.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, mostrou ceticismo nesta quinta-feira sobre as promessas russas de reduzir a volatilidade na Ucrânia e disse que os EUA e seus aliados estão prontos para impor novas sanções se Moscou não cumprir suas promessas.

"A minha esperança é que veremos ações concretas na sequência", disse Obama em uma entrevista coletiva improvisada na Casa Branca, poucas horas depois de o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, ter encerrado uma reunião em Genebra com diplomatas da Rússia, Ucrânia e União Europeia.

"A questão agora é se de fato eles usarão a influência que exerceram de forma disruptiva para restaurar um pouco de ordem a fim de que os ucranianos possam levar a cabo uma eleição, avançar com as reformas de descentralização propostas pela Rússia, estabilizar a sua economia e começar a retomar o caminho do crescimento e da democracia e se a sua soberania será de fato respeitada?", disse Obama.

Os ministros das Relações Exteriores da Ucrânia, dos Estados Unidos, da União Europeia e da Rússia alcançaram nesta quinta-feira um acordo sobre medidas imediatas para aliviar a crise na Ucrânia, depois de uma maratona de discussões nesta quinta-feira.

Alcançado após sete horas de negociação, o acordo não estabelece diretrizes específicas para o futuro da Ucrânia, mas exige de todos os lados que interrompam qualquer tipo de violência, intimidação ou ações provocativas.

Também pede o desarmamento de todos os grupos armados ilegais e a devolução do controle dos prédios tomados por separatistas pró-Rússia às autoridades ucranianas.

O acordo coloca em suspenso - pelo menos por enquanto - sanções econômicas adicionais que o Ocidente havia preparado para impor à Rússia se as negociações fossem infrutíferas.

Isso vai aliviar a pressão internacional, tanto sobre Moscou como sobre nações da União Europeia que dependem da Rússia para seu suprimento de energia.

Segundo o acordo, manifestantes que cumprirem com as exigências terão anistia, exceto aqueles acusados de crimes.

O acerto prevê que os planos de Kiev de reformar sua Constituição e transferir mais poder do governo central para as autoridades regionais seja inclusivo, transparente e responsável - por meio da criação de um amplo diálogo nacional.

Monitores da Organização Nacional de Segurança e Cooperação (OSCE) terão a responsabilidade de ajudar autoridades ucranianas e comunidades locais a cumprir os requisitos descritos no acordo. Fonte: Associated Press.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaBarack ObamaDiplomaciaEuropaPersonalidadesPolíticosRússiaUcrânia

Mais de Mundo

Justiça da Bolívia retira Evo Morales da chefia do partido governista após quase 3 décadas

Aerolineas Argentinas fecha acordo com sindicatos após meses de conflito

Agricultores franceses jogam esterco em prédio em ação contra acordo com Mercosul

Em fórum com Trump, Milei defende nova aliança política, comercial e militar com EUA