Homem armado vestido com uniforme militar sem identificação é visto em cidade ucraniana: líderes ocidentais abordaram a situação na Ucrânia (Kirill Kudryavtsev/AFP)
Da Redação
Publicado em 25 de abril de 2014 às 13h52.
Paris - Os presidentes de França (François Hollande) e Estados Unidos (Barack Obama), a chanceler da Alemanha (Angela Merkel) e os primeiros-ministros de Grã-Bretanha (David Cameron) e Itália (Matteo Renzi) tiveram nesta sexta-feira uma conversa telefônica na qual cogitaram a possibilidade de novas sanções contra a Rússia.
"Os chefes de Estado e de governo exigiram uma reação rápida do G7 e cogitaram a adoção de novas sanções por parte da comunidade internacional contra a Rússia", informou a presidência francesa em comunicado.
Nessa conversa, os líderes ocidentais abordaram a situação na Ucrânia e ressaltaram a importância da entrada em vigor "efetiva" do acordo de Genebra do dia 17 de abril "para permitir uma saída da crise e prevenir a degradação" do cenário político ucraniano.
Eles exigiram, além disso, que o processo democrático na Ucrânia possa ocorrer em clima pacífico, e consideraram "essencial" a realização das eleições presidenciais de 25 de maio "para permitir aos ucranianos decidir livremente e com toda transparência seu futuro".
Hollande, Obama, Merkel, Cameron e Renzi, segundo essa nota, consideram que, conforme o estipulado em Genebra, a Rússia deve contribuir para reduzir a tensão, "abstendo-se de declarações provocadoras e de manobras de intimidação".
Os acordos feitos entre Rússia, EUA, Ucrânia e a União Europeia em Genebra estabeleciam a saída dos edifícios públicos por parte dos separatistas no este ucraniano, sob monitoramento de enviados da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).
O pacto também contemplava o desarmamento de todos os grupos ilegais na Ucrânia e a anistia daqueles que participaram das desordens ocorridas no leste do país sem cometer crimes.
"A integridade territorial e a soberania da Ucrânia devem ser respeitadas plenamente", disseram os dirigentes, que, segundo o Palácio do Eliseu, decidiram também pedir o reforço do papel da missão de observação da OSCE.