Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o presidente da China, Hu Jintao (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 19 de janeiro de 2011 às 13h33.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, emitiu um pedido por maior respeito aos direitos humanos nesta quarta-feira, em discurso para recepcionar seu colega chinês Hu Jintao.
"A história mostra que as sociedades são mais harmoniosas, nações são mais bem-sucedidas e o mundo é mais justo quando os direitos e responsabilidades de todas as nações para todas as pessoas são mantidos, incluídos os direitos universais de todos os seres humanos", disse Obama em cerimônia de recepção a Hu do lado de fora da Casa Branca.
"Sociedade harmoniosa" é um dos principais slogans ideológicos do governo de Hu, que tenta manter o poder do Partido Comunista em meio a uma economia cada vez mais aberta.
A visita de Estado de quatro dias de Hu aos EUA se tornou uma bandeira para defensores de causas como a da minoria uigur, dos tibetanos, dos presos políticos e outros grupos. Eles pediram que Obama expresse essas preocupações tanto publicamente como em reuniões privadas com Hu.
Os ativistas, que afirmam que as condições para os direitos políticos e religiosos pioraram nos últimos anos, apesar do rápido crescimento econômico chinês, anunciaram que pretendem realizar manifestações nas proximidades da Casa Branca durante o encontro entre Hu e Obama.
O presidente norte-americano também está sob pressão de alguns parlamentares de seu país para levantar questões de direitos humanos. Eles argumentam que Obama, que venceu o prêmio Nobel da Paz em 2009, tem o dever de falar publicamente sobre a prisão do vencedor do Nobel da Paz de 2010, o ativista e escritor chinês Liu Xiaobo.
Em discurso sobre a China na semana passada antes da visita de Hu, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, fez um apelo para que Pequim liberte Liu e "vários outros prisioneiros políticos na China, incluindo aqueles sob prisão domiciliar e aqueles que sofrem desaparecimento forçado".
A China rejeita as críticas contra seu histórico de direitos humanos e as classifica como interferência em seus assuntos internos.