Mundo

Obama: fronteira de Israel e Palestina deve se basear na de 1967

Presidente americano defendeu a criação do estado palestino em discurso para o mundo árabe e prometeu ajuda aos países que passam por revoltas na região

Barack Obama Fez um discurso sobre a situação no Oriente Médio e Norte da África (Jim Watson/AFP)

Barack Obama Fez um discurso sobre a situação no Oriente Médio e Norte da África (Jim Watson/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de maio de 2011 às 15h21.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta quinta-feira em seu discurso sobre o Oriente Médio que "as fronteiras de Israel e Palestina devem se basear nas linhas de 1967", o que representou um apoio às reivindicações dos palestinos sobre seu futuro Estado.

Em seu discurso no Departamento de Estado sobre os movimentos populares na região, Obama declarou que os EUA "acreditam que as negociações devem resultar em dois Estados, com fronteiras permanentes palestinas com Israel, Jordânia e Egito, e fronteiras permanentes israelenses com a Palestina".

"O povo palestino deve ter o direito ao autogoverno e a alcançar seu potencial em um Estado soberano e contíguo", declarou o presidente americano, que afirmou que solucionar o conflito entre esses dois povos "é mais urgente do que nunca", em um momento no qual toda a região busca mudanças políticas.

Obama advertiu os palestinos contra os "esforços para deslegitimar Israel" e se referiu de modo específico à votação prevista para setembro na ONU com o fim de aprovar um Estado palestino.

"Atos simbólicos para isolar Israel na ONU em setembro não criarão um Estado independente", declarou o governante, que também pediu que Israel atue "com ousadia para conseguir uma paz duradoura".

"O sonho de um Estado judeu e democrático não pode ser realizado mediante uma ocupação permanente", ressaltou o presidente americano, que indicou que as negociações entre israelenses e palestinos devem começar com as questões de território e segurança.

Em seu discurso, Obama também abordou as reivindicações por reformas que se multiplicam nos países árabes desde janeiro e garantiu que para seu país será "uma prioridade" promover "uma mudança que permita o progresso da autodeterminação e das oportunidades" no Oriente Médio e no Norte da África.

Os eventos dos últimos seis meses "demonstram que as estratégias de repressão já não funcionam" e a mudança "não pode ser negada", indicou o presidente americano em discurso no qual expôs a política de seu país para a região em meio aos movimentos populares e à morte do líder da rede terrorista Al Qaeda, Osama bin Laden.

Em seu discurso, Obama mencionou ainda a violenta repressão na Síria, e fez um apelo ao presidente Bashar al Assad para que "lidere a mudança" ou abandone o poder.

Obama também pediu um "autêntico" diálogo político no Barein e insistiu que o presidente iemenita, Ali Abdullah Saleh, concretize seu compromisso de deixar o cargo.

Acompanhe tudo sobre:Barack ObamaConflito árabe-israelenseDiplomaciaEstados Unidos (EUA)Países ricosPersonalidadesPolíticaPolíticos

Mais de Mundo

Refugiados sírios tentam voltar para casa, mas ONU alerta para retorno em larga escala

Panamá repudia ameaça de Trump de retomar o controle do Canal

Milei insiste em flexibilizar Mercosul para permitir acordos comerciais com outros países

Trump escolhe Stephen Miran para chefiar seu conselho de assessores econômicos