Barack Obama: "este acordo representa um convite por parte do governo afegão para fortalecer a relação que construímos durante os últimos 13 anos" (Jim Watson/AFP)
Da Redação
Publicado em 30 de setembro de 2014 às 15h41.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, celebrou nesta terça-feira a "histórica" assinatura do acordo de segurança bilateral com o Afeganistão, que permitirá "combater os resquícios da Al Qaeda", ao mesmo tempo em que as forças americanas "treinam e assessoram" às afegãs.
"Hoje marcamos um dia histórico na aliança entre EUA e Afeganistão que nos ajudará a impulsionar nossos interesses compartilhados e a segurança do Afeganistão em longo prazo", afirmou Obama.
Estados Unidos e Afeganistão assinaram hoje em Cabul o acordo que permite a presença militar americana em solo afegão após a retirada da Otan no final de 2014.
"Este acordo representa um convite por parte do governo afegão para fortalecer a relação que construímos durante os últimos 13 anos", assegurou Obama.
Além disso, acrescentou, "proporciona aos membros de nosso serviço militar o marco legal necessário para executar duas missões cruciais após 2014: combater os resquícios da Al Qaeda e treinar, assessorar e assistir às forças de segurança nacionais afegãs".
O Afeganistão também assinou hoje um novo pacto de segurança com a Otan, que "proporciona às forças dos países aliados e afines as proteções legais necessárias" para realizar sua missão de apoio a partir de 2015, lembrou Obama.
Os acordos preveem a presença no país de 9.800 soldados dos EUA até o final de 2015, que se reduzirão progressivamente até o mínimo necessário para operações de segurança e trabalhos diplomáticos.
O último presidente afegão, Hamid Karzai, se negou a assinar o acordo de segurança bilateral, motivo pelo qual os Estados Unidos esperavam com impaciência a chegada ao poder de um novo presidente que o assinasse, como ocorreu com Ashraf Gani, que organizou a assinatura apenas um dia após tomar posse de seu cargo.
"Estes acordos chegam depois de históricas eleições afegãs nas quais o povo afegão exerceu seu direito ao voto e abriu passagem à primeira transferência democrática de poder na história de sua nação", declarou Obama.
O presidente americano também expressou sua vontade de construir uma "aliança duradoura" com o novo governo afegão, formado após uma crise política na qual os dois candidatos presidenciais disputavam o acesso ao poder.
"Este dia só foi possível pelo serviço extraordinário de nossos homens e mulheres militares, que seguem sacrificando tanto no Afeganistão por nossa segurança e a do povo afegão. O povo americano está eternamente agradecido por seus esforços", concluiu Obama.