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Obama espera que Papa tenha mudado mentalidade de políticos

Presidente dos EUA disse esperar que discurso do papa Francisco "tenha mudado corações e mentes" do Congresso


	"Os congressistas deveriam pensar sobre o que o Papa disse, na proposição geral de que deveríamos estar abertos uns aos outros", disse Obama
 (Reuters)

"Os congressistas deveriam pensar sobre o que o Papa disse, na proposição geral de que deveríamos estar abertos uns aos outros", disse Obama (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 25 de setembro de 2015 às 16h22.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta sexta-feira esperar que o discurso do papa Francisco ontem no Capitólio "tenha mudado corações e mentes" entre os legisladores do dividido Congresso americano.

"Os congressistas deveriam pensar sobre o que o papa disse, não no particular, mas na proposição geral de que deveríamos estar abertos uns aos outros, de não nos demonizarmos, de não assumir que temos o monopólio da verdade", afirmou Obama em entrevista coletiva conjunta com o presidente da China, Xi Jinping, no jardim da Casa Branca.

Obama havia sido perguntado se acredita que os republicanos voltarão a forçar um fechamento do governo (a paralisia da administração pela não-aprovação do orçamento) e sobre o que espera do substituto do presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, o republicano John Boehner, que renunciou hoje ao cargo.

"Esperamos que tenham aprendido algumas lições, embora imagino que continuaremos a ter batalhas significativas sobre o financiamento dos centros Planned Parenthood e imigração, mas talvez a visita do papa tenha mudado corações e mentes", assinalou Obama.

"Boehner ficou muito comovido em seu encontro com o papa e quero felicitá-lo por essa visita histórica", acrescentou, em referência a Francisco, que se tornou o primeiro pontífice a pronunciar um discurso no Congresso dos Estados Unidos.

Obama considerou que o chamado do papa à busca de consenso chega em um momento muito apropriado, já que "os políticos só saem no noticiário quando são mal educados ou dizem coisas ofensivas".

"Esperemos que esse espírito (de consenso) continue a pairar em Washington por algum tempo", concluiu o presidente americano.

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