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Obama enfrenta novos obstáculos nas negociações do déficit

O presidente americano tentará salvar neste domingo as negociações sobre a dívida pública

Barack Obama pediu que o Congresso aja rapidamente com relação a várias medidas que podem ajudar a estimular a criação de postos de trabalho (Brendan Smialowski/Getty Images)

Barack Obama pediu que o Congresso aja rapidamente com relação a várias medidas que podem ajudar a estimular a criação de postos de trabalho (Brendan Smialowski/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 10 de julho de 2011 às 11h50.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, tentará salvar neste domingo as negociações sobre a dívida pública, depois que os republicanos se retiraram de um esforço conjunto para formatar um amplo acordo de redução do déficit nacional, de 4 trilhões de dólares, como parte de um acordo para evitar a insolvência do governo norte-americano.

Na véspera de negociações bipartidárias promovidas por Obama, que é do Partido Democrata, o presidente da Câmara dos Deputados, John Boehner - que enfrenta dura oposição de correligionários republicanos à perspectiva de elevação de impostos, como parte de um acordo de grande escala - disse ao presidente que iria buscar um pacote menor, de 2 trilhões de dólares.

A decisão de Boehner ameaça mergulhar em confusão a reunião entre Obama e os líderes no Congresso, num momento em que se aproxima o prazo final estabelecido em lei, o dia 2 de agosto, para elevação do teto do endividamento interno.

O fracasso em tomar uma atitude em relação à dívida pode resultar na primeira insolvência do país em suas obrigações financeiras. A Casa Branca e economistas norte-americanos alertam que tal situação poderia empurrar os EUA para a recessão e desencadear o caos no sistema financeiro mundial.

Assessores de Obama e Boehner vinham trabalhando para formatar um pacote de grande amplitude, de corte de gasto e novas receitas, o qual iria reduzir o déficit em 4 trilhões de dólares ao longo de dez anos e abriria caminho para a elevação do teto para o governo tomar empréstimos, atualmente fixado em 14,3 trilhões de dólares.

Mas a decisão de Boehner afastou a esperança de qualquer acordo imediato e levantou dúvidas sobre a possibilidade de que as conversações deste domingo possam terminar em avanços para o debate sobre a dívida, que resultem no fim do impasse.

"Apesar dos esforços de boa-fé para chegar a uma posição comum, a Casa Branca não vai buscar um acordo maior para a redução da dívida sem a elevação de impostos", disse Boehner, principal líder republicano no Congresso, em um comunicado.

"Acredito que uma melhor estratégia poderia ser o foco na busca de resultados em menor escala."

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