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Obama embarca para Ásia pensando em geração de empregos nos EUA

O presidente dos EUA, Barack Obama, espera que a viagem resulte em mais exportações e na criação de empregos no seu país

Barack Obama vista Índia, Indonésia, Coreia do Sul e Japão (Arquivo/Getty Images)

Barack Obama vista Índia, Indonésia, Coreia do Sul e Japão (Arquivo/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2010 às 09h45.

Washington - O presidente dos EUA, Barack Obama, embarca nesta sexta-feira para a Ásia, na esperança de que a viagem resulte em mais exportações e na criação de empregos no seu país.

Três dias depois de sofrer uma rotunda derrota nas eleições legislativas, em grande parte por causa das dificuldades econômicas nos EUA, Obama visitará Índia, Indonésia, Coreia do Sul e Japão ao longo de dez dias. A diplomacia econômica e comercial dominará a pauta, mas haverá também esforços para tranquilizar aliados preocupados com a crescente assertividade da China na região.

Na Índia, Obama participará de um evento com líderes empresariais dos EUA. Na Indonésia - onde viveu na adolescência -, ele anunciará uma "parceria abrangente" entre os dois países, inclusive em aspectos econômicos. Em Seul, seu principal compromisso será a cúpula do G20. No Japão, ele irá a um fórum econômico Ásia-Pacífico na cidade de Yokohama.

"Vou partir amanhã para a Índia, e o propósito primário é levar várias companhias dos EUA e abrir mercados para que possamos vender na Ásia, em alguns dos mercados que mais crescem no mundo, e possamos criar empregos aqui nos Estados Unidos da América", disse Obama a jornalistas após uma reunião ministerial na quinta-feira.

Mas antes de partir ele ainda pode receber uma última má notícia: a divulgação do índice mensal de desemprego, que há meses ronda os 10 por cento.

Em contraposição ao castigo imposto pelo eleitorado dos EUA nesta semana, Obama deve ter uma recepção calorosa na Ásia, onde vários países contam com o poderio norte-americano para se contrapor à China. Mas alguns observadores questionam o potencial da viagem diante das pressões domésticas que o governo sofre.

"Obama estará muito preocupado com questões internas dos EUA, e vocês não verão uma política externa mais agressiva daqui por diante", disse Amitabh Mattoo, professor de política internacional na Universidade Jawaharlal Nehru, em Nova Délhi.

Assessores dizem que Obama deve aproveitar seu encontro com autoridades da China no G20 para discutir questões como a excessiva desvalorização do iuan, os direitos humanos na China e o programa nuclear norte-coreano. Há tensões também por causa de reivindicações territoriais marítimas da China e das restrições de Pequim à exportação dos minerais chamados terras-raras, que são cruciais na indústria eletrônica.

Obama espera duplicar as exportações norte-americanas em cinco anos, e o governo está empenhado em remover obstáculos à conclusão de um acordo de livre comércio entre EUA e Coreia do Sul a tempo do encontro dele com o presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, em Seul.

Um fracasso nesse sentido representará um sinal negativo a respeito da abertura dos EUA a mais comércio, após uma campanha eleitoral marcada por uma retórica protecionista contra a China e contra países para os quais empregos dos EUA estão sendo transferidos, como a Índia.

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