Obama durante campanha na Flórida: presidente tem boa aprovação entre hispânicos, mas os números nesse estado-chave não impressionam (REUTERS/Kevin Lamarque)
Da Redação
Publicado em 3 de novembro de 2012 às 15h25.
Miami - O presidente Barack Obama conquistou uma liderança dominante entre os eleitores hispânicos nacionalmente, mas o apoio relativamente mais fraco na Flórida está apresentando ao seu rival republicano Mitt Romney uma oportunidade, informou o jornal The Wall Street Journal.
Cerca de 59% dos eleitores provavelmente hispânicos na Flórida planejam votar em Obama, enquanto 36% apoiam Romney, de acordo com a mais recente pesquisa Wall Street Journal/NBC News/Marist do Estado, conduzida de terça a quinta-feira da semana passada. Para Obama, o número representa praticamente a mesma relação aos 57% dos hispânicos que votaram nele na Flórida há quatro anos, mas é menor que os 70% dos eleitores que disseram que votariam nele, segundo algumas pesquisas recentes com hispânicos em todo o país.
A campanha de Romney tentou capitalizar votos com publicidade em língua espanhola, indo de porta em porta para incentivar seus apoiadores a voltaram e usando apoiadores populares, como George P. Bush, filho do ex-governador da Flórida Jeb Bush, e o senador da Flórida Marco Rubio, para ajudar a aumentar o entusiasmo.
Mais de 57% dos prováveis eleitores de herança cubana na Flórida disseram que apoiam Romney, de acordo com a pesquisa Florida International University/Miami Herald/El Nuevo Herald. Menos de 37% afirmaram que apoiarão Obama.
As pesquisas mostram que os hispânicos apoiam em grande margem a política de Obama de permitir que muitos imigrantes não autorizados que foram trazidos para os EUA quando crianças solicitem autorizações de trabalho temporárias. Ainda assim, a campanha de Romney está tentando ventilar a insatisfação com o presidente por meio de um anúncio no qual o narrador diz em espanhol: Obama prometeu a reforma da imigração, mas não conseguiu entregar. O anúncio também afirma que Romney vai lutar por uma reforma bipartidária das leis de imigração, mas oferece poucos detalhes sobre o que ele fará.
As informações são da Dow Jones.