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Obama e Putin discutem sobre cessar-fogo na Síria

Ambos líderes "esclareceram os pontos pendentes das discussões" e pediram ao secretário de Estado americano e a seu colega russo que continuem com negociações


	Putin e Obama: os principais desacordos entre as duas partes foram descritos como "técnicos"
 (Sputnik/Kremlin/Alexei Druzhinin/Reuters)

Putin e Obama: os principais desacordos entre as duas partes foram descritos como "técnicos" (Sputnik/Kremlin/Alexei Druzhinin/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 5 de setembro de 2016 às 08h31.

Hangzhou - Os presidentes dos EUA, Barack Obama, e da Rússia, Vladimir Putin, pediram nesta segunda-feira que suas delegações continuem com as negociações para conseguir um cessar-fogo na Síria que permita aumentar o envio de ajuda humanitária, durante um longo encontro no contexto da cúpula do G20 em Hangzhou (leste da China).

Segundo fontes da Casa Branca, ambos líderes "esclareceram os pontos pendentes das discussões" e pediram ao secretário de Estado americano, John Kerry, e a seu colega russo, Sergei Lavrov, que continuem com as negociações para ver se podem chegar a um acordo, após um fracasso inicial destas em Hangzhou.

Kerry e Lavrov planejam se reunir nos próximos dias, "seguramente esta semana", disse a mesma fonte, que avaliou as discussões entre Obama e Putin como "construtivas", já que agora "está claro quais são as respectivas posições".

Obama e Putin estiveram reunidos durante 90 minutos, por um pouco mais de tempo do que outros encontros mantidos entre líderes em paralelo à cúpula.

Os principais desacordos entre as duas partes foram descritos como "técnicos", mas relacionados com a parte de implementação do acordo, que é buscada para aliviar a situação humanitária no país.

"Houve alguma recaída desde algumas das discussões recentes em Genebra, mas acho que hoje chegamos aos termos (das negociações) para voltar ao essencial", indicou a fonte.

As delegações lideradas por Kerry e Lavrov discutem há semanas, em reuniões realizadas sucessivamente em Moscou, Washington, Genebra, e nos passados dois dias em Hangzhou, onde ontem e hoje é realizada a cúpula de líderes do G20.

Segundo a parte americana, Washington (que apoia a forças opositoras, enquanto Moscou respalda as de Bashar al-Assad) está centrado em assegurar que o acordo "permita um período de calma para chegar com urgência à população que necessita de ajuda humanitária".

A cessação de hostilidades, disse, "foi parte do foco de atenção", e também "que se pode fazer para se concentrar na Frente al Nusra e no Estado Islâmico".

Obama e Putin também discutiram durante o encontro sobre a situação na Ucrânia, e o presidente americano insistiu com seu colega russo que "as sanções sobre a Rússia continuarão enquanto não forem implementados totalmente os acordos de Minsk". 

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