As opiniões mais favoráveis sobre a economia atual são observadas no Brasil e no Uruguai
Da Redação
Publicado em 3 de dezembro de 2010 às 21h57.
Santiago - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o presidente brasileiro, Luis Inácio Lula da Silva, foram os líderes mais bem avaliados na América Latina em 2010, segundo uma pesquisa realizada em 18 países pela ONG Latinobarómetro e divulgada nesta sexta-feira em Santiago.
Obama repetiu o primeiro lugar entre os líderes com melhor avaliação em relação ao ano anterior, apesar de cair dos 7 pontos para 6,3 (em uma escala de 0 a 10, em que dez é a nota mais alta).
Empatado com a mesma pontuação na tabela, aparece Lula, que caiu um décimo, de 6,4 a 6,3, segundo a pesquisa. O presidente brasileiro é seguido pelo Rei Juan Carlos I, da Espanha, com 5,8 pontos, e pelo presidente espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, com 5,6.
Zapatero divide a quarta posição com o presidente do México, Felipe Calderon, e Mauricio Funes, presidente de El Salvador.
As autoridades que tiveram a pior avaliação são o líder cubano Fidel Castro, que soma 3,8 pontos, e o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, com 3,9 pontos. Eles são seguidos pelo nicaraguense Daniel Ortega, com 4,3, e pelo presidente boliviano Evo Morales, com 4,7 puntos.
A ONG Latinobarómetro, com sede no Chile, entrevistou pessoalmente 20.204 pessoas em 18 países, entre os dias 4 de setembro e 6 de outubro, e com uma margem de erro de 3% por país.
No estudo, a criminalidade aparece como uma das principais ameaças à democracia e um dos maiores problemas citados nas respostas espontâneas das pessoas ouvidas.
A pesquisa também destacou que um dos principais problemas da América Latina é a "desigualdade", com a região registrando a pior distribuição de riqueza, se comparada a outras no mundo.
As opiniões mais favoráveis sobre a economia atual são observadas no Brasil e no Uruguai: 38 e 36 por cento dos entrevistados, respectivamente, disseram que a situação econômica de seu país é muito boa ou boa.
Em outros cinco países, essa percepção favorável fica em percentuais inferiores a 10 por cento: Nicarágua (9 por cento), El Salvador (9), México (8), República Dominicana (7) e Guatemala (5).