Ativista israelense manifesta-se em Jerusalém: primeiro-ministro turco criticou Israel pelos ataques contra a Faixa de Gaza (©AFP / Gali Tibbon)
Da Redação
Publicado em 16 de novembro de 2012 às 17h29.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, telefonou para o primeiro-ministro turco, o islamita moderado Recep Tayyip Erdogan, nesta sexta-feira, para abordar o ''espiral de violência'' na Faixa de Gaza e ambos expressaram preocupação pela situação da população civil.
Obama e Erdogan concordaram em que ''o contínuo espiral de violência põe em perigo as perspectivas de uma paz duradoura para a região'', segundo um comunicado divulgado pela Casa Branca.
Além disso, Obama ressaltou seu compromisso de ''avançar em direção à paz no Oriente Médio''.
Os líderes compartilharam a preocupação sobre a situação da população civil de ambos os lados e expressaram ''o desejo em comum de ver o fim da violência'', detalhou a Casa Branca.
Antes de falar com Obama, o primeiro-ministro turco criticou Israel pelos ataques contra a Faixa de Gaza e acusou o governo do país de atuar desta forma visando as eleições.
''Antes das eleições de janeiro, estão disparando contra gente inocente em Gaza por razões inventadas'', manifestou Erdogan em entrevista à imprensa em Istambul.
A violência em Gaza se recrudesceu na quarta-feira, depois que a força aérea israelense assassinou, em um ataque aéreo seletivo, o líder do braço armado do Hamas, Ahmad Jaabari, e anunciou que se tratava do início de uma operação militar mais ampla chamada de ''Pilar Defensivo''.
Desde então, os milicianos do Hamas lançaram mais de 500 projéteis contra território israelense, em um enfrentamento que já tirou a vida de, pelo menos, 20 pessoas de ambos os lados.
O governo de Obama pediu ao Egito, Turquia e alguns países europeus que peçam ao Hamas para deter os disparos de foguetes contra Israel, indicaram nesta quinta-feira a Casa Branca e o Departamento de Estado.
A ofensiva israelense se produz a dois meses das eleições gerais do país e há apenas duas semanas antes dos palestinos pedirem à Assembleia Geral da ONU que vote seu reconhecimento como Estado observador.