Barack Obama: período desde que entrou em vigor a reforma da saúde, marca principal do governo, tem sido marcado por dificuldades no uso de um site oficial e por cancelamentos de alguns planos (Jason Reed/Reuters)
Da Redação
Publicado em 25 de novembro de 2013 às 08h57.
Seattle - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse durante evento de arrecadação de fundos para o Partido Democrata, no domingo, que não se considera "uma pessoa particularmente ideológica", apesar dos atuais confrontos com os republicanos nas áreas de saúde pública, economia e reforma imigratória.
Logo depois de seu governo participar do acordo nuclear com o Irã, Obama iniciou no domingo uma viagem pelo oeste do país para arrecadar fundos para o partido, e também para alardear sua atuação na economia e defender reformas nas regras para a imigração.
No evento de Seattle, o presidente observou que as revelações sobre a Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, na sigla em inglês), o massacre de crianças em uma escola de Connecticut e os acontecimentos no Oriente Médio são motivos para desanimar as pessoas nos EUA. Ele deixou a reforma da saúde de fora dessa lista.
O período desde que entrou em vigor a reforma da saúde, marca principal do governo Obama, tem sido marcado por dificuldades no uso de um site oficial e por cancelamentos de alguns planos de saúde que o governo dizia que não estariam ameaçados. Esses problemas abalaram a popularidade de Obama e dos democratas.
No entanto, a Casa Branca manifestou no domingo otimismo de que os democratas podem retomar o controle da Câmara dos Deputados, que bloqueou muitas das principais prioridades políticas de Obama -- por motivos ideológicos, segundo os democratas.
O presidente disse que a Câmara é um empecilho, e que haveria amplo consenso a respeito de questões como a reforma da imigração se a política fosse deixada de lado.
"Não sou uma pessoa particularmente ideológica", afirmou Obama, acrescentando que o pragmatismo é necessário para promover valores que ele considera importantes.
Os republicanos acusam o presidente de ser excessivamente ideológico. Eles consideram que a reforma da saúde representa uma excessiva interferência governamental na vida dos cidadãos, e esperam se beneficiar do início desastrado para manterem o controle da Câmara e conquistarem a maioria no Senado na eleição legislativa de 2014.