Obama: governo estima que cerca de 2,8 milhões de salvadorenhos vivem nos EUA (Divulgação/Casa Branca)
Da Redação
Publicado em 22 de março de 2011 às 09h12.
Brasília – O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, chega hoje (22) a El Salvador, terceiro e último país latino-americano que visita em sua turnê à região. No começo da tarde, Obama e a família devem desembarcar em San Salvador, a capital salvadorenha. De acordo com autoridades locais, o principal tema das conversas com o norte-americano é a questão dos imigrantes salvadorenhos que reclamam de discriminação e dificuldades nos Estados Unidos.
As autoridades do país estimam que vivem nos Estados Unidos cerca de 2,8 milhões de salvadorenhos. O presidente de El Salvador, Mauricio Funes, pretende negociar a prorrogação de um programa de proteção a imigrantes que existe em parceria com os Estados Unidos. O cálculo é que os imigrantes enviaram mais de US$ 3 milhões para El Salvador em 2010.
El Salvador tem uma população de pouco mais de 7 milhões, mas tradicionalmente os salvadorenhos optaram, em boa parte, por viver no exterior. As queixas incluem a repressão política e a falta de perspectivas em decorrência da alta inflanção. Funes tenta contornar essa tendência.
O presidente salvadorenho é casado com a brasileira Vanda Pignato, que participou da fundação do Partido dos Trabalhadores (PT) no Brasil. Funes é apontado, segundo analistas internacionais, como um símbolo de avanço na política de El Salvador.
Assim como no Brasil e no Chile, Obama pretende abordar outros assuntos de preocupação comum, como a redução da pobreza, o estímulo à economia, parcerias em tecnologia e educação, além de segurança.
O presidente norte-americano visita El Salvador depois de passar pelo Chile e o Brasil. Amanhã (23), ele encerra a visita à América Latina. Como em Brasília, no Rio de Janeiro e em Santiago, Obama viaja acompanhado pela primeira-dama, Michelle, e as filhas, Malia e Sasha.
No ano passado, Obama se reuniu com Funes em Washington. Na ocasião, segundo as autoridades salvadorenhas, o presidente norte-americano afirmou que seu esforço é vencer as divisões e separações políticas regionais.