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Obama defende produtos dos EUA após polêmica com uniformes

Vários líderes de ambos os partidos do Congresso atacaram a decisão do Comitê Olímpico nacional de permitir que os atletas usem os uniformes confeccionados na China

Barack Obama: os uniformes em questão, com as cores vermelho, azul e branco da bandeira americana, serão utilizados para as cerimônias de abertura das Olimpíadas (Olivier Morin/AFP)

Barack Obama: os uniformes em questão, com as cores vermelho, azul e branco da bandeira americana, serão utilizados para as cerimônias de abertura das Olimpíadas (Olivier Morin/AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de julho de 2012 às 16h08.

Washington - A Casa Branca declarou nesta sexta-feira que o presidente Barack Obama defende a qualidade dos produtos "feitos nos Estados Unidos", incluindo a roupa, após a polêmica por causa dos uniformes feitos na China que os atletas americanos usarão nos Jogos Olímpicos de Londres 2012.

Vários líderes de ambos os partidos do Congresso, entre eles o da maioria democrata do Senado, Harry Reid, atacaram a decisão do Comitê Olímpico nacional de permitir que os atletas usem os uniformes confeccionados na China durante a cerimônia de abertura das disputas olímpicas no próximo dia 27 de julho.

Perguntado a respeito, um porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, assinalou que "não se trata de um assunto governamental" porque o Comitê Olímpico opera com fundos privados.

No entanto, Obama "acredita na alta qualidade dos produtos feitos nos Estados Unidos... E isso inclui a roupa confeccionada nos Estados Unidos", disse Josh aos jornalistas que viajam com o presidente para vários atos de campanha no estado da Virgínia.

Em todo caso, Josh considerou que esta controvérsia "não deveria tirar a atenção do árduo trabalho e preparação dos jovens atletas".

Perguntado sobre se Obama insiste em roupa confeccionada nos EUA, Josh replicou: "Não verifiquei as etiquetas".

Na quinta-feira, Reid sugeriu que as autoridades americanas deveriam queimar os uniformes porque foram feitos na China.

"Acho que o Comitê Olímpico deveria sentir vergonha, e acho que deveria pegar todos os uniformes, colocá-los em uma pilha, queimá-los e começar de novo", enfatizou Reid.


Durante uma entrevista coletiva convocada justamente para analisar uma proposta democrata para a criação de empregos, Reid assinalou que existe uma necessidade de criar empregos no setor de têxteis dos EUA, por isso que "o que o Comitê Olímpico fez está absolutamente errado".

Por sua vez, o presidente da Câmara de Representantes (Deputados), o republicano John Boehner, concordou com Reid em que o Comitê Olímpico deveria ter mostrado um melhor julgamento.

Os uniformes em questão, com as cores vermelho, azul e branco da bandeira americana, serão utilizados para as cerimônias de abertura dos Jogos Olímpicos.

Embora tenham sido desenhados pelo estilista americano Ralph Lauren, os uniformes foram confeccionados na China.

O Comitê Olímpico defendeu em comunicado emitido na quinta-feira sua decisão, que inclui o uso dos uniformes para as cerimônias de encerramento.

"Ao contrário da maioria das equipes olímpicas no mundo todo, a dos Estados Unidos é financiada com fundos privados e estamos agradecidos pelo apoio de nossos patrocinadores", disse seu porta-voz Patrick Sandusky.

"Estamos orgulhosos de nossa aliança com Ralph Lauren, uma companhia americana emblemática, e nos entusiasma que os melhores atletas dos EUA compitam nos Jogos de Londres", acrescentou.

Além disso, Sandusky assinalou em sua conta do Twitter que, a controvérsia é ridícula, e a Ralph Lauren apoia financeiramente a equipe, sendo uma empresa americana que apoia atletas americanos.

A controvérsia sobre os uniformes, similar à criada durante os Jogos Olímpicos de Pequim 2008, surge em um momento em que tanto Obama como seu rival republicano, Mitt Romney, se acusam mutuamente sobre a transferência de empregos americanos para fábricas no exterior. 

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