Mundo

Obama defende energias alternativas depois de vazamento

Washington - O presidente americano, Barack Obama, defendeu hoje a pesquisa e o investimento em energias alternativas, depois do vazamento de petróleo no Golfo do México, que a British Petroleum (BP) tentará controlar por meio da injeção de lama no poço. Obama visitou hoje uma fábrica de placas solares em Fremont, no estado americano da […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 04h11.

Washington - O presidente americano, Barack Obama, defendeu hoje a pesquisa e o investimento em energias alternativas, depois do vazamento de petróleo no Golfo do México, que a British Petroleum (BP) tentará controlar por meio da injeção de lama no poço.

Obama visitou hoje uma fábrica de placas solares em Fremont, no estado americano da Califórnia, onde disse que o derramamento de óleo, que já dura 36 dias, ressalta a necessidade de fontes alternativas de energia.

Em seu discurso, Obama se referiu aos mais recentes esforços para solucionar o problema e admitiu que "não há garantias" de que a operação de tentativa de selagem do poço funcionará.

Se a operação tiver sucesso, segundo Obama, o fluxo de petróleo que vaza no Golfo do México será reduzido. Se fracassar, existem outras alternativas que poderiam ser consideradas.

O presidente americano afirmou que "já foi causado bastante dano" e prometeu que seu Governo "não descansará até que o poço esteja fechado" e a mancha negra seja totalmente limpa.

A Casa Branca deve divulgar amanhã o relatório do secretário do Interior americano, Ken Salazar, sobre as causas do vazamento e as medidas que devem ser adotadas para evitar que se repita um incidente similar.

Obama visitará o estado de Louisiana na sexta-feira, para supervisionar de perto as operações de contenção da maré negra.

Este será a segunda ocasião em que o presidente vai à região, já que visitou o estado no dia 2 de maio.

Em seu discurso, o presidente americano disse que o vazamento, que começou no dia 20 de abril, depois da explosão da plataforma Deepwater Horizon, operada pela BP, ressalta a necessidade de pesquisar e utilizar energias alternativas.

"O derramamento no Golfo (...) ressalta a necessidade de buscar fontes de energia alternativas", declarou o presidente americano.


 

Segundo o líder, "as companhias petrolíferas têm que perfurar um quilômetro e meio abaixo da superfície do mar antes de chegar ao fundo do poço, e depois mais um quilômetro e meio antes de chegar ao petróleo".

Devido a estes custos e riscos, ressaltou que "este tipo de uso de combustíveis fósseis não poderá ser sustentado. O planeta não consegue suportar".

Obama reiterou sua determinação de conseguir a aprovação no Congresso este ano de uma lei de energia e meio ambiente, uma de suas prioridades legislativas, apesar de por enquanto não parecer contar com o apoio necessário entre a oposição republicana.

"Nossa dependência do petróleo estrangeiro coloca em risco nossa segurança e nossa economia. A mudança climática representa uma ameaça para nosso modo de vida", ressaltou Obama.

A Guarda Costeira dos EUA deu hoje seu sinal verde para que a BP leve adiante a operação de injeção de lama no poço.

A entidade disse ter aprovado a operação depois de consultar especialistas do Governo.

A multinacional britânica analisa os testes de pressão feitos no poço durante a noite. No entanto, não se sabe quando operação será realizada.

A BP insistiu nos últimos dias em que este tipo de operação nunca foi experimentado em profundidades de 1.500 metros e afirmou que as possibilidades de sucesso oscilam entre 60% e 70%.

O poço que a BP tenta fechar vaza ao menos 800 mil litros de petróleo por dia no mar, desde a explosão no dia 20 de abril da plataforma Deepwater Horizon.

Acompanhe tudo sobre:Barack ObamaEnergiaPersonalidadesPetróleoPolíticosTecnologias limpas

Mais de Mundo

À espera de Trump, um G20 dividido busca o diálogo no Rio de Janeiro

Milei chama vitória de Trump de 'maior retorno' da história

RFK Jr promete reformular FDA e sinaliza confronto com a indústria farmacêutica

Trump nomeia Robert Kennedy Jr. para liderar Departamento de Saúde