Presidente dos EUA, Barack Obama, fala sobre a Agência de Segurança Nacional do Departamento de Justiça em Washington, EUA (Kevin Lamarque/Reuters)
Da Redação
Publicado em 17 de janeiro de 2014 às 19h09.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, criticou nesta sexta-feira o ex-funcionário de inteligência Edward Swnoden, cujas revelações sobre as práticas de espionagem de Washington danificaram as relações com países aliados e provocaram reformas internas.
No discurso, Obama manifestou o compromisso de aumentar a proteção à privacidade, mas advertiu que os programas de inteligência dos EUA manterão suas atividades.
O mandatário não deixou de mencionar o homem que, para o desgosto de seu governo, forçou uma mudança nas práticas de vigilância do país.
"Tendo em conta o fato de que há uma investigação aberta, não vou me debruçar sobre as ações do senhor Snowden ou suas motivações", disse Obama em seu discurso no Departamento de Justiça, onde tomou a rara iniciativa de mencionar o nome do ex-funcionário da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês).
"(Apenas) direi que a defesa de nosso país depende, em parte, da fidelidade dos responsáveis pelos segredos de nossa nação", acrescentou.
A Casa Branca argumentou que Snowden, assim como outros denunciantes, tinha outras opções para manifestar preocupação sobre as práticas de inteligência sem vazar de forma generalizada e prejudicial um grande número de informações secretas.
Snowden fugiu para Hong Kong e depois para a Rússia, onde recebeu asilo temporário. A Casa Branca quer que o ex-funcionário volte aos EUA para ser julgado.
"Se qualquer pessoa que se opõe às políticas do governo revelar por conta própria informação sigilosa, então não seremos capazes de manter a salvo o nosso povo ou fazer política externa", disse Obama.
"Por outro lado, a maneira sensacionalista como essas revelações surgiram parece gerar mais calor do que luz; e a revelação de métodos para os nossos adversários pode impactar nossas operações de uma forma que talvez não entendamos completamente por muitos anos", acrescentou o presidente.