Barack Obama: "Não podemos ignorar estas visões. Elas refletem o descontentamento de muitos de nossos cidadãos" (Lucas Jackson/Reuters)
Da Redação
Publicado em 20 de setembro de 2016 às 12h36.
O presidente Barack Obama criticou nesta terça-feira, na tribuna das Nações Unidas, o que chamou de "populismo grosseiro" que aflora nos Estados Unidos em em todo mundo.
Esta é a última vez que Obama se dirige ao plenário da ONU às vésperas do fim de seu segundo mandato.
Em defesa das democracias liberais, Obama afirmou que "é preciso corrigir rumos" e rejeitou qualquer "populismo grosseiro".
"Não podemos ignorar estas visões. Elas refletem o descontentamento de muitos de nossos cidadãos", afirmou.
Em relação à Síria, Obama pediu para que se prossiga com "o difícil trabalho da diplomacia".
"Em um lugar como a Síria não se pode alcançar uma vitória militar, e temos de continuar com a difícil tarefa da diplomacia que se propõe a interromper a violência e fazer chegar ajuda àqueles que necessitam", expressou.
O presidente americano também destacou, neste sentido, que as nações podem fazer mais para ajudar os refugiados e migrantes.
Acusou ainda a Rússia de tentar recuperar sua glória passada "pela força", em meio ao envolvimento militar de Moscou na Síria e na Ucrânia.
"Em um mundo que deixou para trás a era dos impérios, vemos como a Rússia tenta recuperar sua glória passada pela força", afirmou.
Por fim, enfatizou que é urgente que o acordo de Paris sobre o clima entre em vigor, pedindo que os líderes mundiais não deixem o problema para as futuras gerações resolverem.
"Se não agirmos com audácia, teremos migrações em massa, cidades submersas e reservas de alimentos dizimados".
"Deve haver um sentido de urgência para colocar em prática o acordo e ajudar os países mais pobres a deixar de lado formas destrutivas de energia", acrescentou.