LGBT: obama disse estar confiante que, apesar de ainda restarem avanços a serem resolvidos, como no caso dos direitos dos transexuais, a mudança agora é "irreversível" (./Getty Images)
EFE
Publicado em 18 de janeiro de 2017 às 19h36.
Última atualização em 18 de janeiro de 2017 às 22h49.
Washington - O presidente dos Estados Unidos em fim de mandato, Barack Obama, declarou nesta quarta-feira que o avanço nos direitos LGBT durante seu período na Casa Branca é "irreversível" e ressaltou que essa conquista foi mérito de uma sociedade mais aberta.
"A principal contribuição para esta mudança foi a dos ativistas, dos filhos, filhas e casais orgulhosos do que são e disseram: estamos aqui", afirmou o líder americano em sua última entrevista coletiva como presidente, antes de passar o bastão para o republicano Donald Trump na sexta-feira.
Durante o governo de Obama, o Pentágono acabou com a obrigação de não se declarar homossexual nas Forças Armadas e posteriormente, após uma longa batalha judicial, a Suprema Corte legalizou em 2015 o casamento entre pessoas do mesmo sexo em todo o país.
Obama garantiu que "a transformação pela qual nossa sociedade passou na última década", que "abriu mentes e corações", foi o que permitiu que o casamento homossexual se tornasse uma realidade em nível nacional, apesar da oposição de alguns estados ou políticos conservadores.
"O que fez esta Administração foi ajudar a sociedade a se movimentar na direção correta, de uma maneira que não criasse respostas negativas, com respeito", resumiu o líder saliente.
Obama disse estar confiante que, apesar de ainda restarem avanços a serem resolvidos, como no caso dos direitos dos transexuais, a mudança agora é "irreversível", especialmente pela maneira de pensar das gerações mais jovens, que não veem como algo problemático que pessoas do mesmo sexo se casem ou se exponham.