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Obama confia no euro mas espera "medidas decisivas" da UE

O candidato à reeleição nos EUA, que está em Nova York para arrecadar fundos de campanha, também admitiu que a situação econômica de seu país ainda é precária

Barack Obama: presidente dos EUA estima que a zona do euro resistirá à crise, mas espera medidas decisivas da Europa diante da ameaça financeira (Saul Loeb/AFP)

Barack Obama: presidente dos EUA estima que a zona do euro resistirá à crise, mas espera medidas decisivas da Europa diante da ameaça financeira (Saul Loeb/AFP)

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Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2012 às 09h02.

Nova York - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, estimou nesta segunda-feira que a zona do euro resistirá à crise da dívida, mas destacou que espera "medidas decisivas" da Europa diante da ameaça financeira.

Obama, que está em Nova York para arrecadar fundos de campanha, admitiu que a situação econômica nos Estados Unidos ainda é precária, e alertou para "ventos contrários nos próximos meses".

"A Europa é hoje um problema, e muita gente nesta sala que tem negócios na Europa entende isto", assinalou Obama para cerca de 60 pessoas, incluindo vários dirigentes de empresas do mercado financeiro.

"Não penso, definitivamente, que os europeus deixarão o euro desmoronar, mas será preciso adotar medidas decisivas. Passei muito tempo trabalhando com eles e (o secretário do Tesouro) Tim Geithner passou bastante tempo trabalhando com eles para dizer que quanto mais rápido adotarem medidas decisivas, mais rápido ficaremos em melhor posição".

Obama explicou o que entende por "medidas decisivas", recordando o plano de reativação econômica de 800 bilhões de dólares adotado por seu governo na primavera boreal de 2009.

"Apesar de sua impopularidade, o plano nos mostrou o que conseguimos evitar, esta ferida que sangra de maneira crônica, e que é um enorme problema não apenas para a Europa, mas para a economia mundial em seu conjunto", destacou o presidente.

Obama, candidato à reeleição em 6 de novembro, enfrenta o pessimismo dos americanos sobre temas econômicos em um país onde a taxa de desemprego é de 8,2%, três pontos acima do nível precedente à crise de 2008.

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