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Obama chega a Seul sob temor de teste nuclear norte-coreano

Obama conversará com Park sobre as recentes informações de inteligência que sugerem que o regime de Kim Jong-un prepara seu quarto teste nuclear


	Barack Obama e a presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye: Obama também chega a Seul em um clima de luto pela tragédia do naufrágio do navio Sewol
 (REUTERS/Jung Yeon-je/Pool)

Barack Obama e a presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye: Obama também chega a Seul em um clima de luto pela tragédia do naufrágio do navio Sewol (REUTERS/Jung Yeon-je/Pool)

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Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2014 às 06h43.

Seul - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, aterrissou nesta sexta-feira em Seul onde se reunirá com a presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, em um ambiente marcado pelos indícios de um possível novo teste nuclear da Coreia do Norte.

Obama, que chegou ao aeroporto militar de Ousam da capital sul-coreana às 12h30 locais (0h30 de Brasília) procedente de Tóquio e conversará com Park sobre as recentes informações de inteligência que sugerem que o regime de Kim Jong-un prepara seu quarto teste nuclear após os realizados em 2006, 2009 e 2013.

A Coreia do Norte ameaçou realizar um "novo tipo de teste nuclear" no mês passado, uma aparente referência a uma detonação utilizando urânio como combustível, ao invés de plutônio, e nas últimas semanas foi detectado um aumento das atividades em sua base de testes atômicos de Punggye-ri, no nordeste do país.

O presidente americano expressou, em sua recente visita ao Japão, seu pessimismo sobre uma possível mudança de atitude de Pyongyang, mas afirmou acreditar que o trabalho em conjunto com Seul e Tóquio possa elevar a pressão sobre o regime e também destacou o papel "capital" da China para se atingir esse objetivo.

Enquanto isso, duas patrulheiras norte-coreanas invadiram durante a madrugada os mares territoriais do Sul, mas retornaram assim que as autoridades marítimas fizeram disparos de advertência, um gesto que pode ser interpretado como uma possível tentativa do Estado comunista de chamar a atenção pela visita de Barack Obama.

Obama chega a Seul em um clima de luto pela tragédia do naufrágio do navio Sewol, que afundou no último dia 16 com mais de 300 mortos e desaparecidos, a maioria adolescentes, enquanto prosseguem os trabalhos de resgate dos corpos nove dias depois do acidente.


O titular da Casa Branca antecipou em Tóquio, em uma entrevista por escrito para o jornal sul-coreano "Joongang", que sua viagem "será uma oportunidade para expressar a simpatia do povo americano" aos sul-coreanos.

Barack Obama, que não visitará a região da tragédia, se reunirá hoje na Casa Azul de Seul, a sede do governo sul-coreano, com Park Geun-hye, após visitar o Museu Memorial da Guerra da Coreia (1950-53) e o Palácio de Gyeongbokgung, lar da antiga realeza coreana.

Está previsto também que os dois líderes discutam temas como os conflitos históricos e territoriais entre Coreia do Sul e Japão, nos quais os EUA costumam adotar um ponto de vista neutro e convocar ambas as partes ao diálogo para se chegar a um entendimento.

Além disso, debaterão o adiamento solicitado pela Coreia do Sul da devolução do comando operacional de seu próprio Exército em tempos de guerra, que está nas mãos de Washington até 2015, segundo o tratado de defesa assinado pelos dois países.

A agenda de Obama para amanhã incluirá uma reunião com empresários locais e, em seguida, uma visita ao quartel principal das forças americanas instaladas na capital sul-coreana, que possuem 28,5 mil efetivos no país.

Após sua visita à Coreia do Sul, o presidente dos Estados Unidos partirá para Kuala Lumpur (Malásia), a penúltima escala de seu giro asiático que se encerrará em Manila (Filipinas), na próxima semana. 

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