Presidente Barack Obama no último debate das eleições de 2012 (Rick Wilking/Reuters)
Da Redação
Publicado em 23 de outubro de 2012 às 07h39.
Washington - O presidente dos EUA, Barack Obama, disse na segunda-feira, em seus comentários mais contundentes até agora sobre o assunto, que Osama bin Laden teria escapado se os Estados Unidos tivessem buscado permissão do Paquistão antes da invasão ao complexo onde o líder da Al Qaeda estava escondido.
Autoridades do governo Obama já justificaram anteriormente a decisão de não envolver o Paquistão, citando o risco de que Bin Laden pudesse ser avisado de alguma forma e fugido de seu esconderijo em Abbottabad, antes da chegada dos Seals da Marinha dos EUA.
Leon Panetta, o então diretor da CIA e agora secretário de Defesa, disse em uma entrevista à revista Time, logo após a invasão em maio de 2011, que havia uma preocupação de que os paquistaneses "poderiam alertar os alvos".
No debate presidencial sobre política externa de segunda-feira contra o rival republicano Mitt Romney, porém, Obama apresentou este risco como uma certeza.
"Se nós tivéssemos solicitado permissão ao Paquistão, não o teríamos pego", disse Obama.
O ataque a Bin Laden foi uma das muitas questões que Obama usou para se diferenciar de seu oponente.
Romney, durante tentativa fracassada para a nomeação republicana em 2008, criticou Obama por advertir publicamente que, se Islamabad não agisse, ele entraria no Paquistão para obter alvos de alto valor, como Bin Laden. Romney insinuou que tais comentários não eram úteis na construção de laços.
Na segunda-feira, Romney disse que também teria ordenado o ataque.
"Nós tivemos que entrar no Paquistão. Tivemos que ir lá para pegar Osama bin Laden. Essa foi a coisa certa a fazer", afirmou Romney.