Mundo

Obama autoriza entrada de homossexuais nas Forças Armadas

Ex-militares e grupos de direitos dos homossexuais lutaram por anos para derrubar a proibição, que foi introduzida em 1993

"A partir de 20 de setembro, membros das Forças Armadas não serão mais forçados a esconder quem são para servir ao nosso país", disse Obama (Jim Watson/AFP)

"A partir de 20 de setembro, membros das Forças Armadas não serão mais forçados a esconder quem são para servir ao nosso país", disse Obama (Jim Watson/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de julho de 2011 às 21h45.

Washington - O presidente americano, Barack Obama, garantiu nesta sexta-feira que as Forças Armadas dos EUA estão prontas para aceitar abertamente integrantes homossexuais, após uma longa batalha para levantar a proibição que forçava soldados gays a esconder sua sexualidade.

"Hoje, demos o último grande passo para acabar com a lei discriminatória 'Não pergunte, Não fale', que enfraquece nossa prontidão militar e viola os princípios americanos de justiça e igualdade", disse Obama em um comunicado.

Sua declaração veio após Obama assinar uma certificação com o secretário de Defesa, Leon Panetta, e com o almirante Mike Mullen, principal comandante militar americano, de que as forças armadas americanas estão prontas para aceitar soldados homossexuais.

A revogação da proibição, apelidada de "Don't Ask, Don't Tell", entra em vigor no prazo de 60 dias, em 20 de setembro.

A proibição foi revogada em uma lei adotada em dezembro que requeria que o principal comandante militar, o secretário de Defesa e o presidente certificassem que a mudança não iria prejudicar a prontidão militar e que as Forças Armadas estavam prontas para realizá-la.

Nesse período, o Pentágono elaborou novos manuais e preparou todas as Forças Armadas, cerca de 2,3 milhões de pessoas que servem como tropas ativas e reservistas, para a nova política.

"A partir de 20 de setembro, membros das Forças Armadas não serão mais forçados a esconder quem são para servir ao nosso país", disse Obama.

"Nossos militares não serão mais privados de seus talentos e habilidades de americanos patriotas só porque são gays ou lésbicas".

Ex-militares e grupos de direitos dos homossexuais lutaram por anos para derrubar a proibição, que foi introduzida em 1993 depois que líderes militares rejeitaram uma oferta feita pelo ex-presidente Bill Clinton de abrir as portas aos soldados homossexuais.

Acompanhe tudo sobre:Barack ObamaDireitosEstados Unidos (EUA)GaysLGBTPaíses ricosPersonalidadesPolíticosPreconceitos

Mais de Mundo

Trump nomeia Robert Kennedy Jr. para liderar Departamento de Saúde

Cristina Kirchner perde aposentadoria vitalícia após condenação por corrupção

Justiça de Nova York multa a casa de leilões Sotheby's em R$ 36 milhões por fraude fiscal

Xi Jinping inaugura megaporto de US$ 1,3 bilhão no Peru