O presidente norte-americano, Barack Obama: na terça, o presidente da Câmera dos Deputados, o republicano John Boehner, suspendeu a votação do plano de ajuda (REUTERS)
Da Redação
Publicado em 2 de janeiro de 2013 às 16h09.
Washington - O presidente americano Barack Obama fez um apelo nesta quarta-feira para que os republicanos que controlam a Câmara dos Deputados aprovem "sem demora" um pacote de ajuda para os afetados, em outubro, pelo furacão Sandy.
O plano, de cerca de US$ 60,4 milhões, foi aprovado pelo Senado dos Estados Unidos, com apoio bipartidário, na semana passada, mas na Câmara dos Deputados não foi colocado em votação nesta terça-feira.
"A Câmara dos Deputados se negou a atuar, ainda quando há famílias e comunidades que ainda necessitam de nossa ajuda para reconstruir nos próximos meses e anos suas vidas", afirmou o presidente, em comunicado emitido pela Casa Branca.
"Quando bate uma tragédia, os americanos se unem para ajudar os necessitados. Peço aos republicanos na Câmara dos Representantes que façam o mesmo, submetam esta importante solicitação a voto hoje, e o aprovem sem demora", enfatizou Obama.
A ajuda adicional solicitada pela Casa Branca tem como objetivo contribuir com as tarefas de limpeza e reconstrução na zona litorânea afetada pelo furacão Sandy, no final de outubro passado, em particular nos estados de Nova York, Nova Jersey e Connecticut.
Na terça-feira, o presidente da Câmera dos Deputados, o republicano John Boehner, suspendeu a votação do plano de ajuda, provocando protesto dos atingidos na região nordeste do país, e dos membros do Congresso que os representam.
Seu porta-voz, Kevin Smith, garantiu, no entanto, que Boehner "está comprometido com o esforço para que a legislação seja aprovada neste mês".
Segundo fontes legislativas, os deputados de Nova York e Nova Jersey devem se reunir hoje com Boehner e com o republicano número dois da Câmara, Eric Cantor, para discutir a situação da votação sobre o plano de ajuda.
O furacão Sandy, que atingiu sobre a região atlântica de Delaware, Nova Jersey, Nova York e Connecticut no fim de outubro, deixou mais de uma centena de mortos e danos de bilhões de dólares.