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Obama apela à ''mudança'' enquanto Romney fica sem rivais

De visita eleitoral em Nova York, Obama focou-se em três grupos fundamentais para conseguir a reeleição em novembro: as mulheres, os jovens e os homossexuais

Barack Obama: os democratas são favorecidos por uma disputa prolongada entre os republicanos
 (Saul Loeb/AFP)

Barack Obama: os democratas são favorecidos por uma disputa prolongada entre os republicanos (Saul Loeb/AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de maio de 2012 às 19h59.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, encorajou nesta segunda-feira às mulheres e aos jovens a liderar a mensagem de ''mudança'' que lhe deu a vitória em 2008, enquanto seu provável rival republicano, Mitt Romney, ficou sem rivais com a decisão de Ron Paul de não seguir fazendo ''campanha ativa''.

De visita eleitoral em Nova York, Obama focou-se em três grupos fundamentais para conseguir a reeleição em novembro: as mulheres, os jovens e os homossexuais.

''Nossos fundadores entenderam que os EUA não ficam quietos. Que somos dinâmicos, não estáticos, que olhamos para frente e não para trás'', disse Obama durante a cerimônia de formatura da Universidade Barnard, um prestigiado centro de ensino de Nova York no qual só estudam mulheres.

Perante as recém-formadas de Barnard, que interromperam seu discurso várias vezes com aplausos e gritos, Obama indicou que vê ''uma geração ansiosa, inclusive impaciente, para entrar nas rápidas águas da história e mudar seu curso''.

Hoje mais que nunca ''o país precisa que vocês briguem por seu lugar na mesa, ou melhor, na cabeceira da mesa'', pediu Obama.

O presidente também instou às mulheres e aos jovens em geral a ''mobilizar-se'' e a ''perseverar'', porque ''nada do que vale a pena é fácil''.

Também voltou a dirigir-se aos homossexuais, depois que seu apoio ao casamento entre pessoas do mesmo sexo revolucionou a campanha eleitoral na semana passada.


''Não importa a quem ame, você tem o direito de perseguir sua própria felicidade'', sustentou.

Após gravar uma entrevista para o programa ''The View'' do canal ''ABC'', que será transmitida nesta terça-feira, Obama participará de Nova York em um ato de arrecadação de fundos para sua reeleição no qual será anfitrião o cantor porto-riquenho Ricky Martin, que em 2010 revelou que era homossexual.

A campanha democrata também lançou hoje em cinco estados (Iowa, Ohio, Pensilvânia, Virgínia e Colorado) um novo anúncio de televisão no qual apresenta Romney como um ''destruidor de empregos'' quando nos anos 1990 esteve à frente do fundo de investimentos Bain Capital.

Romney, que aproveitou esta segunda-feira para descansar em Boston, também quer ganhar o voto dos jovens e a eles está dirigido um novo comitê de apoio ao ex-governador de Massachusetts, conhecido como Crossroads Generation e que hoje lançou seus primeiros anúncios de campanha em oito estados, entre eles Ohio e Virgínia.

Além disso, vários republicanos, entre eles seu ex-rival Rick Santorum, lhe pediram que utilize o apoio de Obama ao casamento homossexual como ''arma eleitoral'' e que defenda os valores conservadores para derrotar o presidente nas urnas em novembro.

No sábado Romney reiterou na Virgínia que o casamento é ''uma relação entre um homem e uma mulher'' durante uma cerimônia de graduação na Universidade Liberty, o maior centro educativo cristão do país, em uma tentativa de ganhar os votos dos evangélicos, que desconfiam de sua fé mórmon.


As primárias desta terça-feira em Nebraska e Oregon serão um mero passeio para Romney, principalmente depois da decisão de Ron Paul, seu único rival na disputa pela nomeação presidencial republicana, de não continuar fazendo ''campanha ativa''.

''A partir de agora não gastaremos mais recursos nas campanhas em primárias de estados que não votaram ainda. Fazê-lo com algum tipo de esperança demandaria dezenas de milhões de dólares que simplesmente não temos'', afirmou em comunicado.

Paul, de perfil ultraliberal e congressista pelo Texas, era o único aspirante que permanecia na batalha pela nomeação republicana contra Romney, após o abandono nas últimas semanas do ex-senador pela Pensilvânia, Rick Santorum, e do ex-presidente da Câmara de Representantes, Newt Gingrich.

''Nossa campanha continuará trabalhando no processo de convenções estaduais. Seguiremos tomando posições de liderança, ganhando delegados, e levando uma forte mensagem à Convenção Nacional Republicana que a liberdade é o caminho do futuro'', acrescentou.

Ron Paul se encontra no quarto lugar em número de delegados obtidos para a Convenção Republicana da Flórida em agosto, com 99, muito abaixo dos 945 de Romney. Para obter a nomeação republicana, é necessário obter o respaldo de 1.144 delegados. EFE

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