Presidente planeja ficar mais quatro anos no governo norte-americano (Alex Wong/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 22 de junho de 2011 às 22h53.
Washington - O presidente Barack Obama anunciou nesta quarta-feira o "início" do fim da guerra no Afeganistão, de onde os Estados Unidos vão retirar 33 mil soldados até 2012, em um discurso pronunciado na Casa Branca.
"É o início - mas não o fim - de nossos esforços para terminar esta guerra. Vamos ter a pesada tarefa de não perder o que ganhamos, enquanto retiramos nossas forças e passamos a segurança ao governo afegão", disse Obama.
"Poderemos retirar 10 mil dos nossos homens no Afeganistão até o final deste ano, e trazer para casa o total de 33 mil militares até o próximo verão (boreal).
Obama havia ordenado o envio de mais 33 mil soldados ao Afeganistão em dezembro de 2009, em uma tentativa de virar a complicada campanha contra os rebeldes talibãs.
No mesmo discurso, o presidente revelou que os documentos recuperados na operação que matou Osama bin Laden mostraram que a Al-Qaeda "sofre enormemente" e é "incapaz de substituir de modo eficaz" seus altos dirigentes eliminados.
"As informações de inteligência que recuperamos na casa de Bin Laden mostram que a Al-Qaeda sofre enormemente" e que o líder terrorista "estava preocupado com a incapacidade da rede em substituir seus chefes mortos e em apresentar os Estados Unidos como um país em guerra contra o Islã".
Bin Laden foi morto em 2 de maio passado, por um comando americano, na cidade paquistanesa de Abbottabad, cerca de 100 km ao norte de Islamabad.
Obama advertiu que apesar do revés, a Al-Qaeda permanece sendo "perigosa" e é preciso estar "vigilante". "Mas já colocamos a Al-Qaeda no caminho da derrota e não vamos parar até o trabalho estar concluído".