O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama: os três concordaram em "trabalhar juntos" e em "consultas com a Rússia e China", segundo comunicado (REUTERS)
Da Redação
Publicado em 10 de setembro de 2013 às 14h13.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, conversou nesta terça-feira com o presidente francês, François Hollande, e com o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, para analisar o plano russo para que a Síria ceda o controle do seu arsenal químico à comunidade internacional.
Segundo a Casa Branca informou por meio de um comunicado, os três concordaram em "trabalhar juntos" e em "consultas com a Rússia e China" com o objetivo de "explorar seriamente a viabilidade da proposta russa de colocar todas as armas químicas da Síria e materiais relacionados sob controle internacional".
O objetivo da transferência do controle seria "assegurar a destruição realizável e verificável" dessas armas.
A proposta russa foi anunciada após o secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, afirmar ontem que Damasco poderia evitar uma intervenção militar se entregar todo seu arsenal químico, ideia que foi posteriormente retomada pela Rússia.
A Casa Branca espera que as conversas sobre o plano russo, que ainda não foi detalhado, comecem hoje nas Nações Unidas e que se concretizem em uma proposta conjunta de resolução no Conselho de Segurança.
Cameron disse hoje que o Reino Unido, EUA e França apresentarão uma resolução perante o Conselho de Segurança da ONU para "examinar" a proposta russa.
"Se é (uma proposta) séria, então deveríamos tomá-la muito a sério, pois poderia conseguir um objetivo principal que temos como governo, nos livrar do armamento químico", afirmou Cameron.
O Reino Unido e a França foram dois dos países que mais apoiaram os Estados Unidos em uma resposta ao suposto uso de armas químicas pelo regime sírio.
Kerry pediu hoje que a transferência do controle do arsenal químico sírio seja "rápida e verificável" e advertiu que os Estados Unidos não aceitarão que a proposta se transforme em uma tática protelatória.