Obama: ele criticou o candidato republicano por ter "ameaçado" enviar Hillary à prisão (Carlos Barria / Reuters)
Da Redação
Publicado em 14 de outubro de 2016 às 16h43.
Washington - O presidente dos EUA, Barack Obama, fez nesta sexta-feira campanha pelo segundo dia consecutivo no disputado estado de Ohio, onde advertiu que a "democracia em si mesma" está em jogo nas eleições de 8 de novembro.
Uma das perguntas que o candidato republicano à Casa Branca Donald Trump costuma fazer aos eleitores é o que eles têm a perder se o apoiarem, como lembrou Obama durante o comício em Cleveland (Ohio).
"A resposta é tudo", advertiu, para remarcar o risco de "jogar pela janela" o progresso dos últimos oito anos se Trump ganhar as eleições de novembro, onde "na cédula de voto" também estarão valores como o "respeito" e a "igualdade".
O presidente ressaltou que cada voto "conta" e alertou contra a estratégia que, segundo sua opinião, Trump está impulsionando para criar um clima político "tóxico" para dissuadir os cidadãos de comparecerem às urnas.
Obama lembrou que Ohio sempre é um território muito acirrado e encorajou seus habitantes a aproveitarem o voto por antecipado, que foi aberto no estado na quarta-feira.
Segundo a média das principais pesquisas de intenções de voto elaboradas pelo site "RealClearPolitics", hoje Trump e sua rival democrata, Hillary Clinton, estão praticamente empatados em Ohio, com 42,4% de apoio para o magnata e 44% para a ex-secretária de Estado.
Em seu comício de hoje, Obama reiterou que Trump demonstrou não ter o "caráter" e nem "honestidade básica" para ser o próximo presidente do país, ao apresentar por outro lado Hillary como uma das pessoas "mais inteligentes" que concorreu à Casa Branca.
Sobre Trump, o presidente disse também que sempre está "buscando desculpas" à perda de apoio nas pesquisas.
Além disso, Obama criticou o candidato republicano por ter "ameaçado" enviar Hillary à prisão pelo escândalo de seus e-mails e sustentou que esse tipo de prática ou a de amedrontar os meios de comunicação ocorrem em países os que os Estados Unidos consideram "tiranos".
Da mesma forma que no comício de quinta-feira em Columbus, também em Ohio, Obama responsabilizou de novo hoje o Partido Republicano pela ascensão de Trump e todos os políticos conservadores que se mantiveram "em silêncio" enquanto surgiam as polêmicas e insultos do magnata.