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Obama adverte Rússia sobre mais sanções nos próximos dias

O presidente dos Estados Unidos afirmou que está preparado para aplicar sanções adicionais contra a Rússia


	Presidente dos EUA, Barack Obama: "temos um conjunto de novas sanções preparadas e estamos dispostos a aplicá-las"
 (Jonathan Ernst/Reuters)

Presidente dos EUA, Barack Obama: "temos um conjunto de novas sanções preparadas e estamos dispostos a aplicá-las" (Jonathan Ernst/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2014 às 14h05.

Seul - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta sexta-feira que "está preparado" para aplicar sanções adicionais contra a Rússia se o país "não mudar sua atitude" em relação à Ucrânia e se a situação "continuar piorando nos próximos dias ou semanas".

"Temos um conjunto de novas sanções preparadas e estamos dispostos a aplicá-las se não houver uma mudança de atitude da Rússia", disse hoje Obama durante uma entrevista coletiva em Seul depois de se reunir com a presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye.

Obama advertiu que promoverá as novas medidas de pressão "se a situação continuar piorando nos próximos dias ou semanas", e acrescentou que hoje manteve conversas telefônicas com vários líderes europeus para "coordenar" e "otimizar" esse tipo de ação.

O presidente americano também se referiu a seu colega russo, Vladimir Putin, de quem disse que "terá que escolher se aceita as importantes consequências" que significariam as novas sanções econômicas coordenada pela comunidade internacional.

Obama indicou que Putin "tem tendência a ver o mundo do prisma da Guerra Fria", mas acrescentou que o líder russo "não é um homem estúpido".

O presidente russo "é o primeiro interessado em garantir que a Rússia será um país sólido economicamente, em resolver pacificamente a situação da Ucrânia e em permitir que os ucranianos decidam sobre seu futuro", ressaltou Obama.

Além disso, Obama voltou a descartar a opção de uma intervenção militar ao considerar que "o uso da força como resposta deveria ser questionado" já que os Estados Unidos "acabam de sair de uma década de guerra", em alusão ao Afeganistão.

Obama insistiu na importância de coordenar as novas medidas de pressão com a União Europeia e outros parceiros cúmplices como o Japão e a Coreia do Sul, com vistas de "continuar aumentando o custo das ações da Rússia".

No caso da UE, afirmou que as consultas "foram constantes" com líderes europeus para garantir que Bruxelas e Washington "compartilham a mesma visão", mas acrescentou que "há muitos países dentro da Europa e têm seu próprio processo para aprovar essas ações".

Obama ressaltou que a Rússia "não cumpriu" sua parte dos acordos assinados em 17 de abril em Genebra, ao contrário da Ucrânia, que aplicou medidas como a anistia aos participantes dos protestos que depõem as armas ou impulsionar reformas constitucionais.

"Não vimos a Rússia condenando claramente as milícias pró-Rússia que tomam edifícios nem usando sua influência para frear o recrudescimento da crise", disse o presidente americano.

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