Imagem de vídeo produzido pela Casa Branca para Kim Jong-un em ocasião do encontro histórico em Singapura (YouTube/Reprodução)
Gabriela Ruic
Publicado em 12 de junho de 2018 às 15h50.
Última atualização em 12 de junho de 2018 às 15h59.
São Paulo – Os Estados Unidos não pouparam esforços para convencer a Coreia do Norte a interromper o seu programa nuclear. Além do trabalho diplomático, o presidente americano, Donald Trump, apostou em um vídeo no melhor estilo hollywoodiano para seduzir o líder norte-coreano, Kim Jong-un, durante as negociações.
Com pouco mais de 4 minutos de duração, o vídeo parece um documentário produzido na década de 90, com direito a imagens históricas, cenas poderosas dos dois líderes, uma narração forte e uma trilha sonora que passa ares de esperança.
A produção conta com frase de efeito como “a história está sempre evoluindo”, “apenas algumas pessoas podem fazer a diferença”, “dois líderes e um destino”. O vídeo, diz a Casa Branca, é uma produção “Destiny Pictures” (‘Destino Filmes’) e foi intitulado “Uma história sobre oportunidade”. Veja abaixo:
Uma das cenas mais icônicas traz mísseis balísticos em lançamento, uma parte importante do programa nuclear norte-coreano, porém em sentido reverso, abrindo o caminho para mostrar como poderia ser o futuro do país se abrisse mão de suas armas.
Segundo Trump, que falou sobre a produção durante a coletiva de imprensa que aconteceu no final da cúpula em Singapura, o vídeo foi mostrado a Kim no final do encontro da dupla em que seus assessores estavam presentes. “Acho que ele adorou”, especulou o presidente americano, informando, ainda, que Kim assistiu o vídeo em um iPad.
“Eu mostrei como poderia ser o futuro”, continuou Trump, “a alternativa não era uma boa alternativa”, pontuou.
Depois de meses trocando farpas e provocações, Trump e Kim parecem ter deixado suas diferenças para trás. Nesta terça-feira, em Singapura, eles realizaram um encontro histórico, o primeiro entre líderes desses países em exercício.
O objetivo dos Estados Unidos era o de fazer com que a Coreia do Norte abrisse mão do seu programa nuclear, enquanto o foco do regime asiático era o de que os americanos reduzissem a presença militar na região. Ao fim da cúpula, assinaram um documento para oficializar as negociações. Resta saber se esse pedaço de papel irá segurar o temperamento explosivo da dupla.