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O que são os drones ‘kamikaze' que os EUA estão enviando à Ucrânia

As armas são feitas para voar perto dos alvos e depois serem detonadas

Soldados e policiais examinam o local onde um míssil caiu, perto de um prédio residencial no bairro de Bilychi, em Kiev (Matthew Hatcher/SOPA Images/LightRocket via Getty Images/Getty Images)

Soldados e policiais examinam o local onde um míssil caiu, perto de um prédio residencial no bairro de Bilychi, em Kiev (Matthew Hatcher/SOPA Images/LightRocket via Getty Images/Getty Images)

BG

Bibiana Guaraldi

Publicado em 25 de março de 2022 às 15h31.

Última atualização em 30 de maio de 2022 às 12h42.

Os EUA estão enviando o que são coloquialmente chamados de drones "kamikaze" para a Ucrânia para ajudá-los na guerra para combater a invasão da Rússia. Os ‘drones suicidas’ receberam o apelido pois carregam uma ogiva e detonam no impacto.

Autoridades dos EUA aprovaram um carregamento de drones Switchblade para uso pelas forças ucranianas contra a Rússia. Os drones são pequenos o suficiente para serem transportados em mochilas, podem ser usados por soldados individualmente, configurados e iniciados em poucos minutos.

Existem dois tipos de drone Switchblade, as séries 300 e 600. O 300 é destinado ao uso contra pessoas, enquanto o 600 é destinado ao uso contra tanques e veículos blindados. Não está claro quais - ou se ambos - estão sendo enviados para a Ucrânia.

Ambas são variantes não tripuladas e buscam alvos usando sensores a bordo e tecnologia GPS. “Estes foram projetados para o Comando de Operações Especiais dos EUA e são o tipo de arma que pode ter um impacto imediato no campo de batalha”, disse Mick Mulroy, ex-vice-secretário assistente de defesa ao jornal inglês The Independent.

De acordo com o jornal americano The New York Times, os drones fazem parte do mais recente pacote de US$ 800 milhões da Casa Branca em ajuda militar à Ucrânia. Esse adicional inclui 800 mísseis antiaéreos Stinger, 9.000 armas antitanques, 100 drones táticos, além de armas como metralhadoras e lançadores de granadas.

As armas dos EUA, como a arma antitanque Javelin, foram vistas sendo amplamente utilizadas pelos ucranianos na defesa contra os tanques russos nos primeiros dias da invasão.

Até agora, os apoiadores americanos e europeus da Ucrânia se concentraram no envio de equipamentos e armas pequenas para a Ucrânia, em vez de armas ofensivas maiores, como tanques, jatos e helicópteros, pois exigem treinamento mais robusto e suporte logístico para serem entregues.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky pediu uma zona de exclusão aérea, mas Joe Biden se opôs veementemente a qualquer situação que pudesse colocar as forças dos EUA em conflito direto com a Rússia.

Além de caças adicionais, a Ucrânia também solicitou sistemas móveis de defesa aérea para se defender contra aeronaves russas que voam em grandes altitudes, como bombardeiros.

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