Festival de 1969 reuniu 400 mil pessoas e se tornou um símbolo da contracultura e do movimento hippie. (Divulgação)
Publicado em 11 de fevereiro de 2025 às 11h37.
O Festival de Woodstock, realizado entre os dias 15 e 18 de agosto de 1969, foi um dos maiores eventos musicais da história. Realizado em uma fazenda na cidade de Bethel, no estado de Nova York, o evento reuniu cerca de 400 mil pessoas, transformando-se em um marco da contracultura dos anos 1960.
Em um período de contestação social nos Estados Unidos, impulsionado pela oposição à Guerra do Vietnã e pela luta pelos direitos civis, o festival simbolizou os ideais de paz, amor e liberdade defendidos pelo movimento hippie.
Segundo o site Britannica, o evento contou com apresentações icônicas de artistas como Jimi Hendrix, Janis Joplin, The Who, Santana, Creedence Clearwater Revival e Jefferson Airplane, que ajudaram a consolidar o festival como um dos mais lendários da música.
O movimento fazia parte da contracultura dos anos 1960, que se opunha aos valores tradicionais da sociedade americana. Ele foi impulsionado por jovens que defendiam a paz, o amor livre, a experimentação artística e a espiritualidade alternativa.
A filosofia do movimento estava ligada à rejeição do materialismo e ao apoio a causas como direitos civis, liberdade de expressão e preservação ambiental.A estética hippie, com roupas coloridas, cabelos longos e um estilo de vida comunitário, tornou-se um dos símbolos dessa geração. O festival de Woodstock consolidou esse movimento ao demonstrar que milhares de pessoas poderiam conviver pacificamente, compartilhando música e ideais.
O Woodstock ficou famoso não apenas por seu impressionante line-up de artistas, mas pelo impacto cultural que gerou. Apesar de enfrentar desafios logísticos – como superlotação, falta de estrutura e chuvas intensas –, o evento demonstrou o poder da música como instrumento de transformação social.
Além disso, o festival foi imortalizado no documentário Woodstock: 3 Days of Peace & Music, lançado em 1970, que capturou a essência e a energia do evento.
A icônica imagem de Jimi Hendrix tocando uma versão distorcida do hino nacional dos EUA em sua guitarra elétrica tornou-se um dos momentos mais marcantes da história do rock.Estima-se que cerca de 400 mil pessoas compareceram ao festival, superando todas as expectativas dos organizadores do festival. A entrada precisou ser liberada gratuitamente devido à falta de controle na bilheteria, tornando Woodstock um evento de proporções inesperadas.
Ao longo dos anos, outras edições do Woodstock foram organizadas para tentar reviver o espírito do festival original. Em 1994, o evento celebrou os 25 anos do Woodstock, sendo realizado novamente no estado de Nova York. O festival foi bem recebido, mas enfrentou dificuldades com a chuva e o lamaçal formado no local, assim como o original.
Já em 1999, o Woodstock 30 Anos aconteceu em Rome, Nova York, mas foi marcado por problemas graves, como superlotação, preços abusivos, falta de água e violência, culminando em tumultos e incêndios. O evento fugiu completamente da filosofia pacífica do original e ficou conhecido como um fracasso organizacional.
Tentativas de reviver o festival ocorreram em 2009 e 2019, para os 40 e 50 anos de Woodstock, respectivamente, mas enfrentaram cancelamentos devido a problemas logísticos e falta de patrocínio.
Woodstock foi muito mais do que um festival de música; ele representou uma geração que lutava por mudanças sociais e culturais. Com reflexos que ainda podem ser vistos na música, na arte e nos movimentos sociais, o evento se tornou um marco na história contemporânea.