Guerra em Israel: ataques do Hamas começaram neste sábado no sul do país (AFP/AFP)
Redação Exame
Publicado em 7 de outubro de 2023 às 15h19.
Última atualização em 9 de outubro de 2023 às 15h25.
Israel sofreu um ataque surpresa do grupo palestino Hamas no sábado, 7, envolvendo operações aéreas, marítimas e terrestres, na Faixa de Gaza. O governo de Benjamin Netanyahu declarou guerra ao Hamas, respondeu com um pesado bombardeio ao enclave costeiro bloqueado. De acordo com Tel-Aviv, cerca de 200 cidadãos israelenses morreram.
Nesta segunda-feira, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, anunciou que o país está realizando um bloqueio total na Faixa de Gaza, com proibição de entrada de alimentos e águas. Gallant afirmou que as autoridades israelenses vão cortar a eletricidade e bloquear a entrada de alimentos e combustível como parte de “um cerco completo” a Gaza. Mais cedo, o exército israelense afirmou nesta segunda que tem o controle total das cidades do sul de Israel atacadas desde o início da ofensiva do Hamas. “Temos controle total das comunidades”, declarou Hagari. O general esclareceu que “ainda pode haver terroristas na área”.
Segundo a rede Al Jazeera, o grupo armado palestino Hamas lançou a “Operação Al-Aqsa Flood” contra Israel, na ofensiva mais grave desde que Tel-Aviv e o grupo palestino travaram uma guerra de 11 dias em 2021.
O Hamas afirmou que disparou pelo menos 5 mil foguetes, enquanto Israel confirmou que os combatentes do grupo entraram no seu território por terra e mar.
Os ataques matinais ocorreram em Simchat Torá, um feriado que ocorre no final do festival judaico de uma semana conhecido como Sucot, ou Festa dos Tabernáculos.
As autoridades israelenses afirmaram que os foguetes foram disparados ao norte, até Tel Aviv. O Hamas também enviou combatentes para o sul de Israel.
A imprensa local informou que homens armados abriram fogo contra civis na cidade de Sderot e soldados israelenses entraram em confronto com os invasores nas ruas da cidade. Também foi anunciado que os combatentes do Hamas tinham assumido o controlo de vários centros populacionais civis israelitas, onde os residentes imploravam ajuda ao seu governo.
O exército israelense afirma que dezenas de caças realizavam ataques contra alvos do Hamas na Faixa de Gaza. Os tiroteios estão ocorrendo dentro e ao redor das cidades de Kfar Aza, Sderot, Sufa, Nahal Oz, Magen, Be'eri e na base militar de Re'im, informou o Times of Israel.
Fontes médicas em Gaza disseram que pelo menos 198 palestinos foram mortos e mais de 1 mil feridos.
Já as autoridades de saúde israelenses disseram que pelo menos 100 israelenses foram mortos e 750 feridos em ataques do Hamas.
Em um comunicado à Al Jazeera, o porta-voz do Hamas, Khaled Qadomi, explicou que a operação militar do grupo é uma resposta a todas os ataques do governo de Tel-Aviv contra os palestinos ao longo das décadas.
“Queremos que a comunidade internacional pare com as atrocidades em Gaza, contra o povo palestiniano, os nossos locais sagrados como Al-Aqsa. Todas essas coisas são a razão por trás do início desta batalha”, declarou.
“Este é o dia da maior batalha para acabar com a última ocupação da Terra”, disse Mohammed Deif, comandante militar do Hamas.
Em um comunicado, o exército israelense alertou os civis que vivem perto de Gaza que permaneçam em suas casas ou fujam para abrigos. O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, diz que o seu país está numa guerra que “irá vencer”.
O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, declarou que Israel “vencerá esta guerra”. Segundo ele, o Hamas, cometeu um “grave erro esta manhã e lançou uma guerra contra o Estado de Israel”.
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