Redação Exame
Publicado em 21 de abril de 2025 às 09h28.
Última atualização em 21 de abril de 2025 às 09h29.
A morte do Papa Francisco marca o final de um ciclo na Igreja Católica. Agora, a instituição entra em tempo de Sé Vacante — período entre 15 dias e 20 dias em que a função fica vaga — até que um sucessor seja escolhido pelo Colégio de Cardeais, durante o conclave.
A morte só é confirmada quando o cardeal camerlengo — que administra a Igreja durante o período da Sé Vacante — chama o nome de batismo do Papa três vezes. Não havendo reação, ele bate em sua testa com um martelo de prata e cabo de marfim. Por fim, pronuncia a frase: “Vere Papa mortuus est” (O Papa está morto).
Após a partida do Papa, diversos ritos começam a ser realizados pela Igreja Católica. O apartamento do Papa é desocupado e lacrado com lacre de cera, até a escolha de seu sucessor. O Anel do Pescador — símbolo do poder papal recebido ao subir ao Trono de Pedro — é destruído, num sinal de que o reinado foi concluído. O camerlengo, cargo atualmente ocupado pelo cardeal Kevin Joseph Farrell, também é o encarregado dessa função.
As cerimônias fúnebres do Papa Francisco terão início nesta segunda-feira, 21, com uma série de ritos definidos pela Santa Sé. Os eventos seguem o horário de Brasília:
14h: missa de sufrágio de Francisco na Basílica de São João de Latrão, em Roma. A celebração será conduzida pelo cardeal Baldo Reina.
15h: ritos de constatação da morte e deposição do corpo no caixão, realizados na capela privada da residência papal, a Capela de Santa Marta. A cerimônia será presidida pelo camerlengo Kevin Farrell.
Francisco será sepultado na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma, e não na Basílica de São Pedro, como é tradicional para pontífices. A última vez que isso ocorreu foi em 1903, com o enterro do Papa Leão XIII.
Com a morte do papa Francisco nesta segunda-feira, 21 de abril, a Igreja Católica entra em um período conhecido como Sé Vacante, de preparativos para as cerimônias funerárias e convocação do conclave para a escolha do novo líder do Vaticano.
Atualmente, 138 cardeais com menos de 80 anos podem participar da eleição, votar e serem eleitos. Desse total, sete são brasileiros.