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O líder mais longevo de Israel: relembre a trajetória de Benjamin Netanyahu

Em 2019, Netanyahu bateu recorde de permanência como chefe de Estado, superando David Ben Gurion, líder do partido socialista Mapai que proclamou a independência de Israel em 1948

Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. (Lior Mizrahi/Getty Images)

Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. (Lior Mizrahi/Getty Images)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 7 de outubro de 2023 às 11h36.

O líder mais longevo de Israel, o primeiro-ministro mais jovem, "o rei de Israel" e "o grande sobrevivente", são os diferentes pontos que caracterizam Benjamin Netanyahu, premiê de Israel.

Em 2019, Netanyahu bateu recorde de permanência como chefe de Estado, superando David Ben Gurion, líder do partido socialista Mapai que proclamou a independência de Israel em 1948, foi o primeiro-ministro até 1954 e novamente de 1955 a 1963. 

Netanyahu é o político que por mais tempo liderou o governo de Israel, em três mandatos (1996-1999, 2009-2021 e 2022 até hoje). Somando os mandatos, Netanyahu está no poder de Israel há 16 anos. 

Em 2021, Naftali Bennett, um milionário do setor de tecnologia que entrou para a política, tirou Netanyahu do poder após mais de uma década e quatro eleições em dois anos em Israel.

A ascensão de Bennett aconteceu em meio ao vácuo de poder deixado pelo o atual primeiro ministro, ao falhar em formar uma coalizão no passado.

A transição de poder entre Netanyahu e Bennett foi carregada de tensões. Considerado um aliado-chave de Netanyahu, Bennett abandonou em maio o então premiê para se juntar à coalizão heterogênea liderada pelo centrista Yair Lapid. A reviravolta encerrou um período de 12 anos de poder.

Porém, em novembro de 2022, "Bibi", como é popularmente conhecido, retornou ao poder cercado de polêmicas. Após uma passagem pela oposição, assumiu um governo descrito por analistas como o mais à direita da história do país.

Após as eleições, Netanyahu começou a negociar com partidos ultraortodoxos e de extrema direita, como o Partido Sionista Religioso de Bezalel Smotrich e o Poder Judaico de Itamar Ben Gvir, ambos com um histórico de declarações explosivas contra os palestinos.

As polêmicas de Netanyahu à frente de Israel

O primeiro ministro passa por dificuldades no âmbito doméstico, pois enfrenta uma oposição incessante ao projeto de reforma judicial defendido por seu governo.

Ele também é acusado de corrupção. Um julgamento começou em maio de 2020, o primeiro em Israel contra um primeiro-ministro no cargo.

Netanyahu rejeita as acusações apresentadas contra ele e se considera vítima de uma caça às bruxas.

"Estamos em guerra"

Mais de 5 mil foguetes foram lançados em 7 de outubro, a partir da Faixa de Gaza contra Israel, segundo o braço armado do Hamas, que declarou ter lançado a operação “Dilúvio de Al-Aqsa”.

O exército israelense afirmou também que um "número indeterminado de terroristas" se infiltrou no território a partir da Faixa de Gaza. Segundo os serviços de emergência de Israel, há 779 feridos no país e segundo a rede Al-Jazeera há mais de 1.000 feridos na Faixa de Gaza.

Após os ataques, o primeiro ministro israelense disse que seu país está em guerra contra o Hamas.

"Estamos em guerra e vamos vencer. O inimigo pagará um preço que nunca conheceu", diz Netanyahu em uma mensagem de vídeo divulgada nas redes sociais.

O primeiro ministro classificou o ataque surpresa do Hamas como "criminoso" e anunciou ter ordenado "uma ampla mobilização" de reservistas.

“Decidimos pôr fim a todos os crimes da ocupação (de Israel), o seu tempo de violência sem responsabilização acabou”, declarou o grupo. “Anunciamos a Operação Al-Aqsa Deluge e disparamos, no primeiro ataque de 20 minutos, mais de 5 mil foguetes.”

“O Hamas cometeu um erro grave esta manhã e lançou uma guerra contra o Estado de Israel”, disse o ministro da Defesa Yoav Gallant num comunicado, acrescentando que as tropas israelitas “estão a lutar contra o inimigo”.

Os foguetes foram lançados de vários locais de Gaza a partir das 06h30 (03h30 GMT) e continuaram quase meia hora depois, indicou o repórter da AFP. “Os residentes na área em redor da Faixa de Gaza foram convidados a permanecer nas suas casas”, disse o exército israelense num comunicado anunciando a infiltração.

As forças armadas israelitas relataram a ativação de sirenes no sul do país, enquanto a polícia pedia ao público que permanecesse perto de abrigos antiaéreos. Israel mantém um duro bloqueio contra a Faixa de Gaza desde que o grupo militante Hamas assumiu o poder em 2007. Desde então, ocorreram vários conflitos entre militantes palestinos e Israel.

Centenas de palestinos da Faixa de Gaza abandonaram este sábado as suas casas para se afastarem das zonas fronteiriças com Israel, depois da ofensiva do Hamas ter sido lançada, confirmou um repórter da AFP.

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