Mundo

O explosivo encontro de Trump e Duterte

ÀS SETE - O presidente das Filipinas já foi criticado em grande escala por organizações de direitos humanos e pelo antecessor de Trump, Barack Obama

U.S. President Donald Trump walks past Philippine President Rodrigo Duterte after posing for a family photo during the ASEAN-US 40th Anniversary commemorative Summit in Manila, Philippines November 13, 2017. REUTERS/Manan Vatsyayana/Pool / Manan Vatsyayana/ Reuters

U.S. President Donald Trump walks past Philippine President Rodrigo Duterte after posing for a family photo during the ASEAN-US 40th Anniversary commemorative Summit in Manila, Philippines November 13, 2017. REUTERS/Manan Vatsyayana/Pool / Manan Vatsyayana/ Reuters

DR

Da Redação

Publicado em 13 de novembro de 2017 às 07h00.

Última atualização em 13 de novembro de 2017 às 07h42.

O presidente americano Donald Trump teve nesta segunda-feira um encontro com um dos líderes mais explosivos do mundo, o presidente filipino Rodrigo Duterte. Conhecido por sua voraz guerra às drogas, Duterte já foi criticado em grande escala por organizações de direitos humanos e pelo antecessor de Trump, Barack Obama, a quem o filipino chamou de “filho da p…”, logo após sua posse, em junho do ano passado.

Às Sete – um guia rápido para começar seu dia

Leia também estas outras notícias da seção Às Sete e comece o dia bem informado:

Trump é conhecidamente mais condescendente com Duterte e até ofereceu um apoio implícito a sua guerra às drogas depois que assumiu a presidência, em janeiro. Antes da chegada do americano à Manila, capital filipina, um assessor da Casa Branca afirmou que Trump construiu durante sua gestão um “relacionamento afetuoso” com o líder das Filipinas.

Com manifestações nas ruas de Manila e pressões vindas de grupos de direitos humanos, do Congresso norte-americano, da União Europeia e até da ONU, o assunto da guerra às drogas foi coadjuvante na primeira conversa dos dois líderes (segundo a Casa Branca, foi tratado “rapidamente”).

A estimativa é de que a empreitada de violência do governo filipino tenha causado cerca de 7.500 mortes apenas no primeiro ano, se contabilizarmos os assassinatos cometidos por grupos de extermínio. O número resulta em uma média de 20 mortes por dia — número que Duterte disse querer aumentar para 32 por dia, “para solucionar os problemas que acometem este país”.

O encontro desta segunda-feira é parte do Fórum da Associação de Nações do Sudeste Asiático, onde uma parte importante do debate é sobre a territorialidade no Mar do Sul da China. A relação com a China é um dos principais assuntos da política externa filipina, que o governo tem tentado tratar desde o início de sua gestão.

Os países têm desavenças sobre territórios do Mar do Sul da China, região que também é disputada por Vietnã, Taiwan e Malásia. Não à toa: no local, onde há o encontro entre os oceanos Índico e Pacífico, circula um terço do comércio mundial. A região também é uma grande reserva de petróleo, e alguns chamam o Mar do Sul de “o segundo Golfo Pérsico”.

As Filipinas são a última parada da viagem de Trump pela Ásia e podem ser sua chance final de estabelecer alianças e dominância na região.

Acompanhe tudo sobre:Às SeteDonald TrumpEstados Unidos (EUA)Exame HojeFilipinas

Mais de Mundo

Justiça da Bolívia retira Evo Morales da chefia do partido governista após quase 3 décadas

Aerolineas Argentinas fecha acordo com sindicatos após meses de conflito

Agricultores franceses jogam esterco em prédio em ação contra acordo com Mercosul

Em fórum com Trump, Milei defende nova aliança política, comercial e militar com EUA