Donald Trump: em discurso, espera-se que ele use as vitórias de seu primeiro ano para jogar uma luz sobre os próximos passos da gestão (Carlos Barria/Reuters)
Da Redação
Publicado em 30 de janeiro de 2018 às 06h18.
Última atualização em 30 de janeiro de 2018 às 07h26.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, faz hoje o pronunciamento anual ao Congresso, conhecido como Discurso de Estado da União, uma obrigação do executivo estabelecida pela constituição do país.
O discurso é um dos mais importantes que o presidente realiza no ano, quando tem a oportunidade de dar uma panorama sobre a nação e elaborar seus próximos passos para o ano que se inicia.
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Em fevereiro do ano passado, Trump realizou seu primeiro discurso, chamado de “discurso a uma sessão conjunta do Congresso” — uma tradição de primeiro ano de mandato estabelecida por Ronald Reagan em 1981, já que em seus primeiros dias o presidente tecnicamente não sabe exatamente o “Estado da União”.
Em sua fala, Trump foi tido pela primeira vez como “presidenciável”. Ao contrário de seu discurso de posse, muito mais inflamado, Trump falou em fevereiro de 2017 sobre “renovar o espírito americano” em um discurso tido como conciliador, propondo “deixar brigas triviais para trás”, principalmente depois de campanha e troca de governo turbulentas.
Este ano, a abordagem esperada é muito parecida. Embora pouco tenha sido divulgado sobre o discurso de Trump, espera-se que ele use as vitórias de seu primeiro ano para jogar uma luz sobre os próximos passos da gestão.
Ele provavelmente irá falar das conquistas e crescimento econômicos, como a alta de 3,2% do PIB no terceiro trimestre, de sua reforma tributária e dos números recordes no mercado acionário e trabalhista, como a taxa de desemprego de 4,1%, a menor em 17 anos. Trump também deve falar de infraestrutura e de seu plano de investimento de 1 trilhão de dólares.
Mas, para a equipe de Trump e seus apoiadores, a preocupação deixa de ser o discurso e passa a ser o pós-evento. O presidente já provou, tanto no ano passado, quanto em Davos na última semana, que é capaz de realizar um discurso competente e presidenciável, elogiado tanto por seus seguidores quanto pela oposição.
Mas sua atitude momentos depois traz a realidade de volta: Trump é um presidente com escândalos de envolvimento internacional em seu governo e com a menor taxa de aprovação depois de um ano na história da presidência americana.
Há um ano Trump foi elogiado por seu discurso ao Congresso, apenas para dias depois afirmar que o ex-presidente Barack Obama havia instalado grampos em seu escritório na Trump Tower. Na frente do teleprompter, tudo deve correr às mil maravilhas. Desligado o monitor, Trump volta a ser Trump.