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O dilema econômico de Obama

Janeiro vai chegando à metade, a gestão Barack Obama vai chegando ao fim e o início da era de Donald Trump se aproxima. A uma semana de o republicano se mudar para a Casa Branca, ainda sobram perguntas sobre quais foram os erros econômicos de Obama que deixaram a vitória escapar das mãos democratas. Um […]

VAREJO: o dado das vendas do varejo sai hoje e pode trazer alguns insights sobre como economia e eleições se relacionam nos Estados Unidos / Daily Express/Hulton Archive/Getty Images

VAREJO: o dado das vendas do varejo sai hoje e pode trazer alguns insights sobre como economia e eleições se relacionam nos Estados Unidos / Daily Express/Hulton Archive/Getty Images

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Da Redação

Publicado em 13 de janeiro de 2017 às 05h48.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h25.

Janeiro vai chegando à metade, a gestão Barack Obama vai chegando ao fim e o início da era de Donald Trump se aproxima. A uma semana de o republicano se mudar para a Casa Branca, ainda sobram perguntas sobre quais foram os erros econômicos de Obama que deixaram a vitória escapar das mãos democratas. Um dos dados que podem ajudar a desvendar essa questão sai hoje: o resultado das vendas de varejo nos Estados Unidos, onde o consumo das famílias responde por mais de dois terços do PIB.

Economistas estimam que os dados, divulgados pelo Departamento de Comércio, subam 0,7% em dezembro, seguindo um aumento morno de 0,1% de novembro. Apesar do aumento pequeno na comparação mês-a-mês, o mês de novembro alcançou vendas no varejo de 465,6 bilhões de dólares, um montante 3,8% maior do que o de 2015.

Em linhas gerais, o consumo deve crescer em torno de 4% em 2016, a taxa de desemprego fechou o ano em 4,7%— bem abaixo dos 7,8% de quando Obama assumiu em janeiro de 2009 — e a economia avança na casa dos 3% em relação a 2015. Onde está o problema, portanto? 

O professor de economia Ray Fair, da Universidade Yale, tem algumas respostas à questão. Desde 1978 ele monitora como quatro fatores afetam as eleições americanas: reeleição, tempo de gestão do partido, viés republicano e, por último e não menos importante, desempenho econômico. Com Obama não podendo mais ser reeleito e os eleitores americanos com uma tendência natural à mudança, Fair previa que a economia deveria crescer 4% para os democratas terem uma chance — algo que não acontece desde 2000.

É o número mágico de gestões anteriores, embora muito acima da média histórica de crescimento do país desde o fim da Segunda Guerra, de 3,2%. A má notícia, para a economia americana: os dados históricos também mostram que, na média, os presidentes democratas têm sido melhor para o crescimento da economia, a diminuição da pobreza e até o desempenho da bolsa de valores. Obama honrou essa tradição, mas não foi o suficiente. 

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