Loja da Macy's em Nova York: procurador-geral fixou a sexta-feira como data limite para as lojas apresentarem informações sobre suas políticas de detenção e questionamento de clientes (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 29 de outubro de 2013 às 13h46.
Nova York - A Procuradoria Geral do Estado de Nova York começou a investigar a Macy's Inc e a Barneys New York Inc , depois de ter recebido queixas de clientes negros de que foram detidos pela polícia após comprarem itens de luxo nas lojas, informou nesta terça a procuradoria.
O procurador-geral Eric Schneiderman fixou a sexta-feira como data limite para as lojas apresentarem informações sobre suas políticas de detenção e questionamento de clientes com base na raça, segundo cartas enviadas ao executivo-chefe da Barneys, Mark Lee, e ao chefe das lojas da Macy's, Peter Sachse.
"O procurador Schneiderman está comprometido em garantir que todos os moradores de Nova York tenham proteção igual sob a lei", disse Kristen Clark, que dirige o escritório de direitos civis da procuradoria, em carta à Lee e Sachse divulgadas nesta terça.
"O suposto comportamento repetitivo de seus funcionários levanta questões problemáticas em relação ao compromisso de sua empresa com este ideal", acrescentou.
A Barneys e o Departamento de Polícia de Nova York foram apontados em uma ação apresentada por um homem da região de Queens detido por duas horas pela polícia em abril, depois de comprar um cinto Ferragamo por 349 dólares, e em seguida liberado sem nenhuma acusação.
Uma outra, cliente da Barneys, disse ter sido cercada por quatro policiais à paisana em fevereiro, após deixar a loja com uma bolsa Celine de 2.500 dólares que havia comprado.
Dois clientes da Macy's fizeram queixas semelhantes, incluindo o ator Rob Brown, de "Treme", da HBO, que afirmou ter sido algemado e detido por uma hora depois de comprar um relógio de ouro Movado, de 1.350 dólares, para a mãe.
A quarta reclamação de "compra e revista" foi feita por Art Palmer, 56, um treinador do Brooklyn. Ele contou ter sido cercado pela polícia, que exigiu ver documento de identificação, em abril, após usar o cartão de crédito para comprar camisas e gravatas Polo no valor de 320 dólares.