Os problemas mais comuns entre os soldados que participaram das guerras no Iraque e no Afeganistão são as lesões cerebrais traumáticas e o estresse pós-traumático (Ali al-Saadi/AFP)
Da Redação
Publicado em 20 de janeiro de 2012 às 08h26.
Washington - O número de casos de suicídio nas Forças Armadas dos Estados Unidos e nas famílias dos militares sofreu queda em 2011, mas os casos de violência doméstica e delitos sexuais aumentaram de maneira significativa, indicam dados apresentados pelo Pentágono nesta quinta-feira.
Em geral, incluídas as famílias de militares do Exército, o total de suicídios desceu dos 350 registrados em 2010 para 315 no ano passado.
Segundo o Pentágono, porém, os suicídios entre soldados na ativa se mantiveram em alta, ao tempo que as tendências plurianuais de violência doméstica, abuso infantil e delitos sexuais cresceram consideravelmente.
Em 2011, foram registrados 164 casos de suicídio entre os soldados em atividade, cinco mais que em 2010, enquanto os números de suicídio de militares na reserva e na Guarda Nacional caíram no último ano.
Entre 2006 e 2011, os casos de delito sexual violento aumentaram 64%, os de violência doméstica cresceram 33% e os de maus-tratos infantil tiveram alta de 43%.
Os problemas mais comuns entre os soldados que participaram das guerras no Iraque e no Afeganistão são as lesões cerebrais traumáticas e o estresse pós-traumático, nas quais se observa uma tendência constante em alta, com 126 mil casos de lesão cerebral traumática e 70 mil diagnósticos de transtorno de estresse pós-traumático desde 2003.
Segundo o relatório, as hospitalizações por 'tendência suicida' ascenderam a 3,5 mil em 2010, casos que eram quase inexistentes em 2005.