Mundo

Número de mortos pelo ebola se aproxima dos 4.900, diz OMS

Desde a divulgação do balanço anterior, em 17 de outubro, dois países foram considerados livres do ebola: Senegal e Nigéria

Cartazes informativos sobre prevenção do ebola são vistos em 22 de outubro de 2014, em Nairóbi, Quênia (Simon Maina/AFP)

Cartazes informativos sobre prevenção do ebola são vistos em 22 de outubro de 2014, em Nairóbi, Quênia (Simon Maina/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2014 às 16h37.

Genebra - A epidemia de ebola já matou 4.877 pessoas, sobretudo em três países do oeste da África (Guiné, Serra Leoa e Libéria), segundo o último balanço da Organização Mundial da Saúde (OMS), publicado nesta quarta-feira em Genebra, e elaborado com dados coletados até 19 de outubro.

No total, a OMS contabilizou 9.936 casos da doença em sete países.

Desde a divulgação do balanço anterior, em 17 de outubro, dois países foram considerados livres do ebola: Senegal e Nigéria.

Além dos três países da África ocidental, os outros dois países afetados pela doença são os Estados Unidos e a Espanha.

Segundo a OMS, a epidemia afeta hoje todos os distritos de Serra Leoa. Na Libéria, todos, exceto um, são afetados.

Os casos, que permanecem subestimados, segundo a OMS, se propagam sobretudo nas capitais, especialmente em Monrávia, a capital liberiana.

Funcionários da saúde continuam a pagar um alto preço por trabalhar no combate à doença, com centenas de casos e mortos.

A seguir, os números atualizados da epidemia de ebola por país, divulgados pela OMS:

A OMS decidiu dividir em dois grupos os países afetados pela epidemia.

O primeiro grupo é formado pelos três países mais castigados (Libéria, Serra Leoa e Guiné), e o segundo, por Estados Unidos e a Espanha.

A Nigéria e o Senegal acabam de ser retirados da lista de países afetados pela epidemia, depois de 42 dias sem registro de novos casos.

Nestes dois países, foram identificados 20 casos, sendo 8 mortais na Nigéria, e um caso no Senegal, de um estudante guineano cuja cura foi anunciada pelas autoridades em 10 de setembro.

A epidemia atual, a mais grave desde a identificação do vírus ebola, em 1976, começou na Guiné no fim de dezembro de 2013. Neste país, foram registrados 1.540 casos, 904 deles mortais.

Fora da África

Nos Estados Unidos, duas enfermeiras foram infectadas em um hospital do Texas onde um paciente liberiano, que retornou de uma viagem ao seu país, morreu de complicações da doença. Na Espanha, foi confirmado um caso, de uma auxiliar de enfermagem, que cuidou de dois missionários contaminados e repatriados em Madri, onde faleceram em agosto e setembro. A enfermeira foi declarada curada da infecção.

Os trabalhadores de saúde são particularmente afetados por esta epidemia, com 443 infecções e 244 mortos registrados em todos os países.

Taxa de mortalidade de 70%

A doença, também chamada febre hemorrágica do vírus ebola, tem uma taxa de mortalidade de cerca de 70%, segundo um estudo da OMS.

A infecção ocorre por contato direto com os fluidos corporais, sangue, líquidos biológicos ou secreções. O período de incubação varia de 2 a 21 dias. Um doente se torna contagioso a partir do momento em que os sintomas se manifestam, o que não acontece no período de incubação do vírus.

Segundo a OMS, é possível afirmar que não há mais transmissão do ebola em um país "42 dias após o último caso registrado".

Uma epidemia de ebola foi identificada em outra região da África, em uma região remota do noroeste da República Democrática do Congo. O vírus é diferente daquele que afeta o oeste do continente.

Esta segunda epidemia, aparentemente sob controle, causou a morte de 49 pessoas entre 66 casos registrados desde que apareceu em 11 de agosto, segundo balanço até 20 de outubro.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaDoençasEbolaEpidemiasMortesOMS (Organização Mundial da Saúde)

Mais de Mundo

Porta-voz do Hezbollah é morto em ataque israelense em Beirute

Presidente da China diz querer trabalhar com Trump para “administrarem diferenças”

Hospedado em Copacabana, príncipe saudita preza por descrição e evita contatos; saiba quem é

Israel prossegue com bombardeios no Líbano e em Gaza