Viaduto que desabou em Calcutá: ao menos 26 pessoas morreram na tragédia (Rupak De Chowdhuri / Reuters)
Da Redação
Publicado em 2 de abril de 2016 às 10h01.
Nova Délhi - O número de mortos no desabamento de quinta-feira de uma ponte na cidade de Calcutá, no leste da Índia, aumentou neste sábado para 26, depois que as equipes de resgate recuperaram três novos corpos nas últimas horas, informou à Agência Efe uma fonte oficial.
O porta-voz da central de controle da Polícia local Debasish Chakraborty indicou que as operações de resgate continuam em andamento sem esperanças de encontrar sobreviventes depois de dois dias do fato.
"Não é possível" encontrar ninguém com vida, afirmou a fonte, ao detalhar que durante a manhã de hoje foram recuperados três corpos, o que eleva o número de mortos a 26.
Ao mesmo tempo que buscam mais vítimas, as equipes de emergência continuam retirando escombros do local do desmoronamento parcial da ponte, que estava em construção em uma zona muito movimentada do norte da cidade.
Chakraborty apontou que um total de 92 pessoas, incluídos os mortos, foram tiradas do local até o momento e situou em 66 o número de feridos, apesar de diversas fontes oferecerem balanços conflituosos nos últimos dias que falavam de entre cerca de 60 e 80 afetados.
A Polícia de Calcutá deteve ontem vários funcionários da empresa construtora, IVRCL, após apresentar uma denúncia contra ela por "assassinato e tentativa de assassinato" e por um crime resultante em danos.
Por sua vez, um representante legal da empresa, P. Sita, qualificou o fato de "acidente" em entrevista coletiva.
A passagem elevada, de cerca de dois quilômetros, estava sendo construída sobre uma estrada em uma zona comercial habitualmente muito movimentada em um dos acessos do norte da cidade.
A ponte estava em construção desde 2009 e devia ter sido terminada em 2012.
Os desabamentos são frequentes na Índia, frequentemente devido ao precário estado das infraestruturas e à falta de manutenção, fatores alimentados pela corrupção e práticas ilegais no setor da construção. EFE