Riad - Uma pessoa infectada pelo coronavírus MERS morreu na Arábia Saudita, o que eleva a 169 o número de vítimas fatais no país por esta doença, detectada pela primeira vez em 2012.
O ministério da Saúde anunciou a morte de uma pessoa de 59 anos em Taef, oeste do país.
Além da Arábia Saudita também foram detectados casos na Jordânia, Egito, Líbano, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos e Holanda, a maioria de pessoas que passaram pela Arábia Saudita.
Na semana passada, a Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu não declarar estado de alerta de saúde pública global porque considera que não há provas da transmissão direta do vírus entre humanos.
Mas a OMS reconheceu que a gravidade da situação aumentou em termos de impacto sobre a saúde pública.
O coronavírus MERS é considerado um parente mais letal, mas menos contagioso, do vírus responsável pela Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars), que provocou quase 800 mortes em todo o mundo em 2003.
Assim como a Sars, o coronavírus provoca uma infecção dos pulmões e as pessoas afetadas têm febre, tosse e dificuldades respiratórias. Ao contrário da Sars, também provoca problemas renais.
No momento não existe nenhum tratamento preventivo contra o coronavírus MERS.
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1. Surto de bactéria assusta europeus
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1/5 (Patrick Lux/AFP)
São Paulo - Poucas coisas são capazes de provocar pânico coletivo com tanta eficiência quanto um surto de doença infecciosa grave, principalmente se o grau de contágio for alto. Na última década, o mundo experimentou doses variadas de preocupação com doenças como a gripe suína e a aviária, e o pânico diante de uma possível epidemia. Atualmente uma das maiores dores de cabeça da Organização Mundial de Saúde (OMS) tem sido um surto da bactéria Escherichia coli (E.coli). A infecção, que causa disenteria severa e hemorragias no trato gastrointestinal, já atingiu mais de duas mil pessoas em 12 países, causando 15 mortes. A OMS classificou o surto como “muito grave”. Pesquisadores europeus correm para encontrar a causa das infecções. Entre as especulações estão brotos de feijão, mas hipóteses como pepinos e outras hortaliças foram levantadas. Até agora, nada foi comprovado. Embora não haja risco de um contágio generalizado, o surgimento de mais e mais novos casos preocupa a população europeia da mesma forma como em outros célebres casos de doenças. Da epidemia de Ebola, nos anos 1970, à gripe aviária, relembre quais foram os últimos grandes casos de doenças que ameaçaram países, continentes inteiros, e o mundo todo.
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2. Ebola - a epidemia que virou até filme
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2/5 (Wikimedia Commons)
São Paulo - O vírus ebola foi descoberto nos anos 1970, por uma equipe de pesquisadores belgas. Ao infectar humanos, ele provoca febre hemorrágica e torna deficiente a coagulação do sangue. O conjunto de sintomas compromete os os órgãos vitais em poucos dias. Os principais surtos da doença ocorreram ao longo dos anos 1970, no meio da década de 1990, e entre 2000 e 2001, sempre na África. Não houve casos de infectados fora do continente. Segundo a Organização Mundial de Saúde, mais de 1800 pessoas foram contaminadas, e cerca de 1200 morreram. A maior parte dos casos foi registrada no antigo Zaire, atual República Democrática do Congo, mas também houve casos no Gabão e em Uganda. Embora não haja casos de Ebola fora do continente, a violência da doença e o elevado grau de mortalidade mexeram com o imaginário das pessoas no mundo todo. Escritores lançaram diversas obras de ficção que com histórias sobre possíveis pandemias do vírus. Um exemplo é o livro Vírus, do escritor americano Robin Cook. A doença também foi citada no cinema, com o filme Epidemia (Outbreak), de 1995, embora o vírus da ficção tivesse um nome diferente.
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3. SARS assombrou leste asiático
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3/5 (Getty Images)
São Paulo - Uma epidemia de síndrome respiratória aguda grave (SARS, na sigla em inglês) assombrou o leste e o sudeste da Ásia em 2003. Entre novembro de 2002, quando os primeiros casos foram registrados na China, e setembro de 2003, a doença afetou mais de 8,4 mil pessoas, causando mais de 900 mortes. Segundo a médica infectologista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Nancy Bellei, a doença foi causada por um vírus conhecido como coronavírus, originalmente parasita do morcego. Os sintomas dos infectados são os mesmos de uma pneumonia, mas mais intensos. Apesar de a SARS ter se manifestado mais intensamente na Ásia, alguns casos foram registrados também no Canadá, o que aumentou o temor de uma pandemia. De acordo com Nancy, boa parte do medo tem a ver com a rapidez de transmissão da doença entre os humanos, principalmente em ambientes fechados. A Organização Mundial de Saúde temia que o vírus se espalhasse com o grande número de turistas que circulavam pela China. Na foto ao lado, um único turista ocidental aparece em um voo comercial com destino a Pequim, em 2003.
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4. Gripe aviária - ameaça não concretizada
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4/5 (Getty Images)
São Paulo - Em 2003, foram identificados os primeiros surtos de uma doença que ficou conhecida como gripe aviária. A doença começou a se espalhar, principalmente pelo sudeste asiático, dois anos depois, e chegou a atingir a Europa e a América do Norte. Causada pelo vírus influenza, do tipo H5N1, a gripe aviária gera os mesmos sintomas de uma comum, mas mais intensos. Segundo a Organização Mundial de Saúde, entre 2005 e 2011, foram registrados 555 casos da gripe no mundo, com 324 mortes. A doença foi detectada sempre em pessoas que tinham contato mais próximo com aves. Embora humanos tenham sido contaminados, os pesquisadores não encontraram evidências de que o vírus seja transmitido de uma pessoa para outra, apenas de aves para humanos. Segundo a infectologista Nancy Bellei, da Unifesp, a gripe aviária é uma “ameaça que não se concretizou. O grande risco é que o vírus sofra uma mutação e comece a ser altamente transmissível entre humanos. Até hoje novos casos da gripe continuam aparecendo, mas ela ainda não se espalhou”, afirma.
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5. A pandemia da gripe suína
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5/5 (Getty Images)
São Paulo - A lembrança mais recente que se tem de uma doença que causou pânico no mundo é a da temida gripe suína. Causada pelo vírus influenza H1N1, a doença teve seus primeiros casos registrados em 2009. Esta foi uma autêntica pandemia, ou seja, houve casos simultâneos de pessoas infectadas nos cinco continentes. Nancy Bellei, infectologista da Unifesp, explica que o H1N1 representou uma ameaça porque circulou com uma velocidade elevada, como outros vírus do tipo influenza. Apesar de não ser extremamente letal, a gripe suína fez centenas de vítimas, principalmente entre os mais idosos. Ainda há casos isolados da doença, mas a Organização Mundial de Saúde classifica o atual período como “pós-pandêmico”.