Desastre em Gênova: vice-premiê e ministro do Interior italiano disse que a administradora privada da ponte havia ganhado "bilhões" com pedágio, mas "não gastou o dinheiro onde deveria" (Stefano Rellandini/Reuters)
EFE
Publicado em 15 de agosto de 2018 às 09h03.
Última atualização em 15 de agosto de 2018 às 09h55.
Roma - A delegação de governo em Gênova, no noroeste da Itália, elevou nesta quarta-feira para 39 o número de mortos por consequência do desabamento ocorrido ontem de um trecho de uma ponte nessa cidade italiana, um fato que também deixou 16 feridos.
A delegação acrescentou que entre os mortos 37 já foram identificados, enquanto outros dois ainda estão sendo submetidos a exames de DNA.
O número de feridos se mantém em 16 e 12 deles permanecem em estado grave.
O acidente ocorreu por volta do meio-dia local (7h em Brasília) de ontem, quando um trecho de aproximadamente 100 metros da ponte Morandi, que tem um quilômetro de extensão e uma altura de 90 metros, veio abaixo e soterrou vários veículos sob os escombros.
As equipes de emergência seguem trabalhando no local e estão tentando retirar os escombros o mais rápido possível, um trabalho complicado que previsivelmente se prolongará durante os próximos dias, adiantou a Cruz Vermelha em uma nota.
O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, se transferiu na terça-feira para Gênova para avaliar a situação enquanto hoje chegaram o vice-presidente e o ministro do Trabalho, Luigi Di Maio, e o ministro de Infraestrutura, Danilo Toninelli.
Espera-se que nas próximas horas também chegue a Gênova o ministro do Interior e líder do partido de extrema-direita Liga (antiga Liga Norte), Matteo Salvini, que também é vice-presidente do Executivo.
Toninelli exigiu a saída dos diretores da companhia Austostrade per l'Italia, responsável pela gestão da ponte, enquanto a concessionária assegurou em comunicado que o viaduto estava submetido a controles periódicos, como previsto na legislação do país.